O Tesouro Nacional divulgou ontem o balanço da renegociação das dívidas dos Estados com a União e o BNDES. Os 18 que pediram adesão ao processo atenderam às contrapartidas exigidas e o total chega a 458 bilhões e 900 milhões de reais.
Podem ser comparados a 18 navios com rombos abaixo da linha d’água. A boia de salvação chama-se endividamento maior com o pagamento de juros pesados.
Usando uma expressão comum, os Estados vendem o almoço para poder garantir o jantar.
Não venceram a maré
Levantamento publicado a 12 de janeiro de 2003 mostrou que os Estados não conseguiam reduzir o valor da dívida com a União, mesmo pagando regularmente todas as parcelas referentes às renegociações feitas em Brasília a partir de 1997. Para exemplificar: de outubro de 2001 a outubro de 2002, a dívida cresceu mais de 20 bilhões de reais, apesar de os Estados terem pago 14 bilhões no período. Efeito da taxa altíssima de juros.
Passados 15 anos, o panorama segue o mesmo.
O jogo de sempre
Recuando um pouco mais: em janeiro de 1993, o presidente Itamar Franco fez concessões aos Estados, na negociação de uma dívida de 49 bilhões de dólares, em troca do apoio dos governadores para aprovar o programa de ajuste fiscal no Congresso Nacional.
Nada mudou.
Quando a paciência se esgota
Diante dos sucessivos espetáculos de irresponsabilidade, incompetência e falta de rumos na gestão pública, deveria ser permitida aos contribuintes de impostos a devolução do que pagaram.
Assíduo na mesa
O deputado estadual Adilson Troca é um dos fortes candidatos ao Troféu que seus colegas chamam, carinhosamente, de Guardanapo. Pelo quarto ano consecutivo estará na mesa diretora do Legislativo.
Irá para linha de frente
O MDB elegeu sete governadores em 2014, o maior número entre todos os partidos. Ganhou também em mais municípios há um ano e três meses, chegando a 1 mil e 38 prefeituras. Lidera ainda a quantidade de deputados e filiados. Porém, a última eleição presidencial que disputou foi em 1994. Orestes Quercia chegou em quarto lugar com 4,3% dos votos. Este ano, não terá como deixar de se arriscar, lançando candidato ao Palácio do Planalto.
Texto atual
O irlandês Jonathan Swift viveu de 1667 a 1745. Além de autor de As Viagens de Guliver, foi panfletário político e comentou sobre a sociedade de sua época:
“A fraude é considerada como crime maior do que o roubo; esta a razão porque é sempre punida com a morte. Existe o princípio de que o cuidado e vigilância podem garantir os bens de um indivíduo contra as tentativas de ladrões. Mas a probidade não tem defesa contra a astúcia e a má fé.”
Inesperada
É uma tristeza o cenário em Florianópolis. A cidade se preparou durante oito meses para receber milhares de turistas. De repente, vê-se atingida por uma inundação destruidora, como ocorreu ontem.
Mudou muito
Hoje, completam-se 20 anos da aprovação pela Assembleia Legislativa do projeto que unificou as carreiras de fiscal de tributos e auditor de finanças públicas. Era reivindicação antiga da Secretaria da Fazenda para desfazer ruídos nos canais internos de comunicação.
Há 60 anos
O presidente Juscelino Kubitschek inaugurou, a 12 de janeiro de 1958, em Porto Alegre, os prédios das Faculdades de Arquitetura e de Farmácia, além da Reitoria e do Salão de Atos da Universidade do Rio Grande do Sul. Foram construídos na gestão do inesquecível reitor Eliseu Paglioli.
Sem parar
A única afirmação que jamais se ouvirá no Congresso Nacional: “Esta Constituição se emenda!”. Em quase 30 anos, foram aprovadas mais de 100 emendas.