Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2025
Inicialmente, Haddad tiraria férias no começo deste ano, até o dia 21 de janeiro
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, nessa segunda-feira (6), um despacho no Diário Oficial da União, formalizando o cancelamento das férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A decisão ocorre em um contexto econômico tenso, com o mercado financeiro pressionando o governo por medidas mais contundentes no controle de gastos públicos e uma valorização significativa do dólar, o que levou o Banco Central (BC) a intervir no mercado de câmbio.
Inicialmente, Haddad havia programado um período de descanso logo no começo deste ano, com retorno previsto para 21 de janeiro. No entanto, no final de 2024, o ministro já havia interrompido esse afastamento.
A previsão era de que ele retornasse brevemente a Brasília, por uma semana, mas, em seguida, voltaria a se ausentar a partir de sexta-feira (10), para retomar suas férias. Contudo, o novo despacho de Lula determinou que essas férias fossem canceladas de maneira definitiva, com a possibilidade de serem remarcadas para outra data.
A decisão foi comunicada de forma oficial pelo Ministério da Fazenda, que informou que o cancelamento aconteceu após o “pronto restabelecimento” de um familiar de Haddad, que havia passado por um procedimento cirúrgico no final de 2024. A cirurgia em questão foi da esposa do ministro, Ana Estela Haddad, o que havia motivado a marcação do período de férias no final do ano passado.
Por meio de uma nota oficial, o Ministério da Fazenda esclareceu que a decisão de interromper as férias do ministro foi tomada “após o pronto restabelecimento de seu familiar, que passou por um procedimento cirúrgico no final do ano, motivo da marcação de férias neste período”. Embora a medida tenha sido tomada por questões pessoais e de saúde, ela também ocorre em um momento delicado para a economia brasileira.
O cancelamento das férias de Haddad acontece em um cenário de grande volatilidade econômica, marcado pela pressão sobre a moeda brasileira e a elevação do dólar. No final de 2024, a valorização do dólar levou o Banco Central a realizar intervenções no mercado de câmbio, por meio de leilões de venda de divisas.
Como resultado, as reservas internacionais do Brasil caíram em 7%, passando de R$ 355 bilhões para R$ 329,7 bilhões. Esse movimento do mercado financeiro reflete a inquietação com a condução da política fiscal e com as medidas econômicas adotadas pelo governo federal.