O MDB divulgou nesta terça-feira (19) uma nota, assinada por dirigentes do partido em 19 Estados, na qual reitera o apoio à pré-candidata da sigla à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS).
Também assinam o documento o presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (SP) e a Secretaria Nacional do MDB Mulher. A iniciativa ocorre em um momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também pré-candidato, busca aliados dentro do MDB para fortalecer sua campanha.
“Em respeito ao povo brasileiro e aos filiados do MDB, nós – defensores de uma alternativa à polarização e ao populismo – ratificamos nosso compromisso de lutar pela eleição de Simone Tebet à Presidência da República”, afirmam os apoiadores de Tebet na nota.
Apoio a Lula
Nesta segunda-feira (18), líderes do MDB em diversos estados se reuniram em São Paulo para declarar apoio à pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
Segundo o senador Eduardo Braga (AM), representantes do MDB em 11 estados vão apoiar a candidatura de Lula já no primeiro turno.
Resistência interna
Simone Tebet enfrenta oposição de caciques do MDB, que defendem o desembarque da candidatura da senadora caso ela não decole nas pesquisas. Tebet tem 1% das intenções de voto, segundo o último levantamento do Datafolha.
Em abril, durante um jantar na casa do presidente regional do MDB no Ceará, Eunício Oliveira, presente no evento desta segunda em São Paulo, parlamentares criticaram a intenção da sigla de lançar a senadora como candidata em razão da sua baixa pontuação nas pesquisas.
Eunício não declarou apoio à eleição de Lula, mas afirmou que “há uma tendência natural” de o MDB não ir “mais uma vez para um suicídio político”. Em 2018, o MDB lançou Henrique Meirelles à presidência da República. Ele terminou o pleito com 1,2% dos votos. Para Eunício, o MDB pagou um “preço terrível” por insistir em Meirelles, com a redução da bancada do partido na Câmara.
Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que também compareceu ao evento desta segunda-feira em São Paulo, disse no jantar em abril que “somar quem tem 1% com quem tem 2% não vai alterar a fotografia das pesquisas eleitorais”.