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Brasil Em meio ao drama do povo Yanomami, governo demite 11 gestores de saúde indígena e 43 militares em postos de chefia na Funai

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Lula prometeu mudar política nacional e apurar responsabilidades do governo anterior. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O governo federal dispensou dos cargos pelo menos 54 servidores que atuavam em órgãos e instâncias relacionadas à saúde e à assistência aos povos indígenas do País.

Na manhã de segunda-feira (23), o “Diário Oficial da União” informou a dispensa de 11 coordenadores regionais da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.

A lista incluiu o coordenador do distrito sanitário Leste de Roraima – que reforça a assistência dada aos yanomami no Estado.

No fim da tarde, em uma edição especial do “Diário Oficial”, o governo publicou a dispensa de 43 chefes regionais e nacionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, os 43 são militares e tinham sido nomeados pelo anterior chefe da fundação, Marcelo Xavier.

“Durante a gestão de Xavier, a Funai passou a atuar na contramão de sua função primordial, o de garantir os direitos indígenas, e passou a atuar como inimiga dos povos, acumulando ações anti-indígenas como medidas criadas para retardar processos de demarcação de terras, portarias que facilitavam o acesso aos territórios e ameaçavam povos isolados, dentre tantas outras medidas que levaram insegurança e instabilidade aos povos e seus territórios”, diz material divulgado pela pasta.

A lista de baixas na Funai inclui 22 coordenadores regionais, 15 coordenadores setoriais e seis diretores, assessores e secretários vinculados diretamente à presidência.

Os substitutos nesses cargos devem ser anunciados nos próximos dias.

O Ministério da Saúde afirmou que “exonerações e nomeações fazem parte do processo natural da transição de governo”.

Sobre a situação crítica dos yanomami em Roraima – que levou o ministério a declarar emergência pública e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a visitar o estado no último sábado (21) –, a pasta afirmou que as trocas nas direções de saúde “não comprometem o trabalho de assistência à população indígena nos distritos”; e  que não houve trocas no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami.

Indígenas no comando

Em 2023, pela primeira vez, a Sesai e a Funai são ambas comandadas por indígenas.

A Secretaria de Saúde Indígena é capitaneada por Ricardo Weibe Tapeba – que chegou a compor uma “lista tríplice” enviada a Lula com sugestões para o comando do Ministério dos Povos Indígenas.

Já a Funai, que deixou a estrutura do Ministério da Justiça e passou a integrar a pasta de Povos Indígenas, é comandada por Sônia Guajajara. Deputada não reeleita por Roraima, ela também foi cogitada como possível ministra.

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