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Em menos de dois meses, um terço da população de Porto Alegre já recebeu a vacina contra a gripe

Doses estão disponíveis até 5 de junho em mais de 140 endereços. (Foto: Robson da Silveira/PMPA)

Desde o início da campanha nacional de vacinação contra a gripe (23 de março), ao menos 490 mil pessoas já receberam a dose em Porto Alegre. Esse contingente representa cerca de um terço da população da capital gaúcha, índice que se torna ainda maior se for levado em conta o fato de que a imunização tem como público-alvo apenas segmentos prioritários, a exemplo dos idosos.

De acordo com a SMS (Secretaria Municipal da Saúde), no entanto, o desempenho representa 68% da meta geral, que é a de contemplar 715 mil pessoas na cidade mais populosa do Rio Grande do Sul. A campanha se encontra em sua fase final, que tem como foco os adultos com idade entre 55 e 59 anos e professores das redes pública e particular.

A “picada no braço” está disponível até o dia 5 de junho em mais de 100 postos e unidades de saúde, além de 40 lojas das três redes de farmácias parceiras da prefeitura (Agafarma, Panvel e São João) – os endereços, em diversos bairros, podem ser conferidos no site oficial www.portoalegre.rs.gov.br/sms.

Na avaliação do prefeito Nelson Marchezan Júnior, a cobertura vacinal tem sido exitosa em Porto Alegre e tem um impacto positivo que se estende a outra pandemia, a da Covid-19. “O sucesso da campanha da vacinação, com o público-alvo procurando pela imunização, alivia as demandas da atenção básica e deixa o sistema livre para atender casos de coronavírus”, ressalta.

Dados do Sipni (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde indicam que já foram imunizados na capital gaúcha 9,8 mil adultos entre 55 e 59 anos, 1,5 mil professores, 14,7 mil crianças, 2,3 mil gestantes, 292 puérperas (mulheres que tiveram bebês até 45 dias atrás) e 1.084 pessoas com deficiência. Esses índices correspondem a 90% do alcance pretendido.

Segurança

Os grupos prioritários estão mais sujeitos a complicações se forem infectados pelo vírus influenza, por isso, a SMS destaca a importância da imunização. A coordenadora do Núcleo de Imunizações do órgão, Renata Capponi, explica que a vacina não oferece risco de causar a doença:

“Pelo contrário, evita óbitos e internações causados pelo influenza. A reação comum é dor local por até 24 horas, e a proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação”.

Cabe ressaltar que a vacina não protege contra o coronavírus, mas evita complicações causadas pelos vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B linhagem B/Victoria, que podem levar o paciente a internações hospitalares.

Cobertura parcial

– Idosos: 245.956;

– Trabalhadores de saúde: 92.390;

– Doenças crônicas não transmissíveis (comorbidades): 86.788;

– Crianças: 14.720;

– Gestantes: 2.319;

– Puérperas: 292;

– Pessoas com deficiência: 1.084;

– Forças de segurança e salvamento: 23.819;

– Trabalhadores do transporte coletivo: 4.477;

– Caminhoneiros: 1.267;

– Portuários: 430;

– Povos indígenas: 582;

– População privada de liberdade: 4.137;

– Funcionários do sistema prisional: 1.144;

– Adultos de 55 a 59 anos: 9.821;

– Professores: 1.570.

(Marcello Campos)

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