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Em plebiscito, chilenos rejeitam nova Constituição

Esse é o segundo projeto de Constituição que os eleitores rejeitam para substituir o texto atual. (Foto: Reprodução de TV)

Em plebiscito, os chilenos rejeitaram no domingo (17) uma nova Constituição conservadora para substituir o texto atual, elaborado durante a ditadura do general Augusto Pinochet, que governou o país de 1973 a 1990. Mais de 55% dos eleitores votaram contra a mudança, e 44% foram a favor.

Esse é o segundo projeto de Constituição que os eleitores rejeitam para substituir o texto atual. “O país ficou polarizado, dividido”, disse o presidente Gabriel Boric durante um discurso transmitido na TV chilena. Ele acrescentou que o resultado mostra que o processo “não canalizou as esperanças de ter uma nova Constituição escrita por todos”.

Boric reiterou que o seu governo não fará uma terceira tentativa de mudar a Carta Magna e avançará com as reformas previdenciária e tributária. “O que os cidadãos exigem é uma melhor capacidade de diálogo, de consenso, mas, acima de tudo, de ação”, disse Boric.

A pressão para reescrever a Constituição chilena aumentou há quatro anos. Em 2019, depois que o governo do então presidente Sebastián Piñera anunciou um aumento na tarifa de metrô, manifestantes foram às ruas para pedir um novo texto constitucional.

A primeira tentativa de substituir a Constituição de Pinochet aconteceu em 2022. O texto escrito por um órgão dominado por pessoas de esquerda garantia proteções ambientais extensas e uma ampla gama de direitos, mas foi rejeitado pelos eleitores.

Uma nova assembleia constituinte foi eleita – dessa vez, dominada pela direita. A reformulação proposta pelo órgão foi considerada mais conservadora do que a Constituição em vigor.

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