Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2023
Se pedir socorro ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) costuma impor grande dificuldade a pessoas com deficiência auditiva, o problema deve ser amenizado em Porto Alegre por meio de uma novidade implementada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Trata-se de uma atualização que permite o uso do aplicativo “Chamar 192″ por esse público em casos de emergência.
A capital gaúcha é pioneira em instituir o sistema público de socorro móvel no Brasil, há quase 28 anos, baseando-se no modelo francês de assistência pré-hospitalar. Em 2021, a ferramenta digital para celulares com sistema Android ou iOS passou a proporcionar uma forma de agilizar o atendimento a vítimas de acidentes ou outros chamados.
Essa comunicação com o serviço emergencial através de mensagens curtas atenderá àqueles que estiverem em situação de perigo e impossibilitados, por uma condição física, de realizar chamadas telefônicas. O serviço deverá responder imediatamente à solicitação, informando e orientando o solicitante também por meio de mensagens curtas.
O coordenador do Samu em Porto Alegre, Fabiano Barrionuevo, explica que há possibilidade de transmissão de imagem no local da ocorrência:
“Com o pré-cadastro do solicitante o carregamento de dados como nome e endereço é automático em nosso sistema, desta forma agilizando o atendimento. É um apelo social de inclusão muito bacana, pois até então surdos não conseguiam solicitar atendimento do Samu em eventuais intercorrências sem pedir ajuda de outras pessoas”.
Como funciona
Após baixar o aplicativo, é necessário ser portador de deficiência auditiva e efetuar cadastro informando os dados solicitados. O passo-a-passo pode ser conferido no site prefeitura.poa.br.
Primeiro atendimento: telefonista questiona a localização do incidente. O telefonema é encaminhado ao médico regulador, que solicita informações do cidadão sobre a situação e define o suporte que será encaminhado ao local do acidente, se necessário.
Depois se avança para o atendimento inicial e resolução do problema, com encaminhamento para pronto-atendimentos, urgências e emergências hospitalares.
O tempo médio varia conforme a gravidade, local, trânsito ou disponibilidade de equipe, mas casos mais graves como parada cardíaca, em média, é de 15 minutos a partir de orientações gerais e deslocamento de ambulância ao local.
(Marcello Campos)