Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2019
Em pronunciamento em cadeia nacional, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu ao Congresso pela aprovação da reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados e fez um aceno ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Agradeço o empenho e o trabalho da maioria dos integrantes da comissão e também o comprometimento do presidente Rodrigo Maia”, disse Bolsonaro. Em uma fala que durou 1 minuto e 30 segundos, o presidente disse que, sem a aprovação da reforma, o governo não terá dinheiro para investir em áreas como educação, saúde e segurança.
“É muito importante lembrar que, se nada for feito, o País não terá recursos para garantir uma aposentadoria para todos os brasileiros. Sem mudanças, o governo não terá condições de investir nas áreas mais importantes para as famílias, como saúde, educação e segurança.”
Bolsonaro afirmou ainda que as mudanças nas regras previdenciárias permitirão a redução da desigualdade social. “Temos certeza que a nova Previdência vai fazer o Brasil retomar o crescimento, gerar emprego e principalmente reduzir a desigualdade social, porque com a reforma os mais pobres pagarão menos. O Brasil tem pressa. Muito obrigado a todos.”
A mensagem com aceno a Maia é uma tentativa de melhorar a interlocução do Executivo com o Legislativo. Por isso, o presidente também fez uma deferência ao Congresso, exaltando o empenho dos parlamentares como um todo para a votação da medida.
O movimento de Bolsonaro para se reaproximar do presidente da Câmara teve início no começo deste mês, quando, em um evento público, o presidente chamou o parlamentar de “irmão” e fez questão de posar ao seu lado em fotografias. O aceno ocorreu após ambos trocarem críticas, e Maia ter dito que não ajudaria mais na articulação da reforma.
A mudança de postura aconteceu após o presidente ter sido convencido pelo núcleo militar e pela equipe econômica que Maia é essencial no processo de aprovação da mudança no regime de aposentadorias e que um conflito entre ambos poderia ameaçar a iniciativa.
Aprovada na CCJ na noite de terça-feira (23), a reforma previdenciária ainda está em fase inicial de tramitação. A proposta teve dificuldade nesta primeira fase, na qual teve a votação adiada pelo menos três vezes. A previsão inicial do governo era que a constitucionalidade fosse analisada até o meio de março.