Terça-feira, 11 de março de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2015
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação Lava-Jato na primeira instância, rebateu na sexta-feira, por meio de comunicado, as acusações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O peemedebista disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, na quinta-feira, à Justiça Federal, foi ilegal. O executivo afirmou que o parlamentar recebeu 5 milhões de dólares em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a empresa Toyo Setal.
“A 13ª Vara de Curitiba [PR] conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo”, disse Moro.
Mais cedo, o presidente da Câmara afirmou que a delação premiada de Camargo seria nula por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo. “O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do País”, reclamou o peemedebista. (Abr)