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Em resposta a Cunha, Sérgio Moro diz que não pode silenciar testemunhas

Magistrado rebateu a acusação de Cunha de que não poderia ter colhido depoimentos contra alguém que tem foro privilegiado. (Foto: Dida Sampaio/AE)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação Lava-Jato na primeira instância, rebateu na sexta-feira, por meio de comunicado, as acusações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O peemedebista disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, na quinta-feira, à Justiça Federal, foi ilegal. O executivo afirmou que o parlamentar recebeu 5 milhões de dólares em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a empresa Toyo Setal.

“A 13ª Vara de Curitiba [PR] conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo”, disse Moro.

Mais cedo, o presidente da Câmara afirmou que a delação premiada de Camargo seria nula por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo. “O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do País”, reclamou o peemedebista. (Abr)

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