A China anunciou tarifas retaliatórias sobre alguns produtos americanos na madrugada desta terça-feira (4), minutos após a última série de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações chinesas entrarem em vigor.
“Tarifas de 15% serão impostas sobre frango, trigo, milho e algodão”, informou uma declaração da Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China.
A mesma declaração informou a imposição de uma tarifa de 10% será imposta sobre “sorgo, soja, carne de porco, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios”.
O país também colocou vinte e cinco empresas dos EUA sob restrições de exportação e investimento.
A taxa extra de 10% que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou a China na semana passada entrou em vigor na madrugada desta terça-feira, resultando em uma tarifa cumulativa de 20% em resposta ao que a Casa Branca considera inação chinesa sobre fluxos de drogas.
Os Estados Unidos argumentaram que a China fornece produtos químicos usados na produção de fentanil. A China negou qualquer irregularidade.
O porta-voz do Ministério do Exterior da China, Lin Jian, afirmou durante coletiva diária poucas horas após o anúncio que Pequim vai jogar “até o fim”, repetindo declaração do chanceler Wang Yi há duas semanas, se Washington avançar com a guerra comercial.
Por outro lado, também nesta terça, na abertura das chamadas Duas Sessões, evento anual com as lideranças chinesas que aponta a estratégia para o ano, inclusive em economia, o porta-voz da Assembleia Nacional Popular, Lou Qinjian, reiterou que China e EUA, “historicamente, ganham ao cooperar e perdem ao se confrontar”.
“O importante é respeitar os interesses um do outro e encontrar uma solução apropriada”, acrescentou. “Nós esperamos trabalhar com o lado americano através de diálogo e consulta.”
“As medidas de tarifas unilaterais dos EUA violam seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio e minam a base para a cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”, disse o Ministério do Comércio da China em uma declaração separada.
“A China protegerá firmemente seus direitos e interesses legítimos”, acrescentou a declaração.
Paralelamente à decisão de dobrar as taxas contra a China, Trump confirmou as tarifas prometidas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, também nesta terça. O Canadá já anunciou medidas de retaliação. Com informações dos portais de notícias CNN Brasil e Folhapress.