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Em reunião com governadores, Bolsonaro afirma não ser contra dialogar com a França; veja a íntegra

(Foto: Reprodução/Facebook tvbrasilgov)

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na manhã desta terça-feira (27), os governadores dos estados que fazem parte da chamada Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) para discutir soluções para as queimadas na floresta amazônica. O encontro, que durou mais de duas horas, aconteceu no Palácio do Planalto e foi transmitida ao vivo pelo perfil oficial da TV Brasil, no Facebook (veja o vídeo abaixo).

Além dos respectivos governadores e vice-governadores, participaram da reunião os ministros da Defesa, Fernando Azevedo; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; da Secretaria-Geral, Jorge Antônio de Oliveira; e do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno.

As autoridades entregaram ao presidente Bolsonaro propostas de planejamento estratégico para promover o desenvolvimento sustentável da região, entre elas, a regularização fundiária e a retomada da cooperação internacional, especialmente o Fundo Amazônia.

O governador do Amapá, Waldez Goés, explicou que o plano é dividido em 26 projetos, que contemplam desde compras corporativas que os estados podem fazer em conjunto, até ações mais diretas de desenvolvimento e de infraestrutura.

Bolsonaro aproveitou a reunião para relembrar as ações que o governo federal está executando para controlar as queimadas na Amazônia. Na sexta-feira (23), Bolsonaro autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental.

Durante o encontro, Bolsonaro também destacou não ser contra dialogar com a França a respeito do assunto. A declaração ocorre depois da troca de farpas entre o presidente brasileiro e o presidente francês, Emmanuel Macron.

“Ele [Macron] deve pensar duas, três vezes, antes de querer sair de uma situação complicada que se encontra, uma rejeição enorme no seu país, até mesmo, cerrando conosco. Ninguém é contra aqui dialogar com a França, em hipótese alguma”, afirmou Bolsonaro aos governadores.

O presidente também informou que dialogou com alguns dos líderes que estiveram presentes na reunião do G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), ocorrida nesse final de semana. Ele pediu que os integrantes levassem “serenidade” sobre a situação da Amazônia. “Agradeço o trabalho do G7. Inclusive conversei com alguns presidentes, entre eles o Donald Trump, com dois outros presidentes que participaram como convidados, como do Chile e da Espanha, para que exatamente acalmassem, levassem a serenidade para uma reunião tão importante que é a do G7”, informou Bolsonaro.

Além de tratar sobre as questões com a França, Bolsonaro também criticou as demarcações de terras indígenas e disse que a política ambiental do País, até então, não foi usada de forma racional. “A Amazônia foi usada politicamente no passado. (…) Foi uma irresponsabilidade política do passado, usando índios como massa de manobra”, avaliou.

Confira a íntegra da reunião:

 

Antes da reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), os governadores defenderam aceitar recursos de outros países para combater os incêndios florestais. O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), disse que toda a ajuda é bem-vinda. Ele defendeu ampliação sobre quais áreas podem ser exploradas na região, seguida da regularização fundiária. “Assim fica claro quando se comete um crime ambiental”, declarou Denarium.

Segundo o governador de Roraima, Bolsonaro não demorou para agir contra o incêndio. “Chegou o momento exato. Não é o maior incêndio florestal da nossa história. O que existe agora é cuidado maior do governo federal, aliado aos Estados”, afirmou ele.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que a região precisa dos recursos do G7. Ele defendeu ainda elaboração de uma “política permanente de combate ao desmatamento”.

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