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Em Santa Maria, homem é condenado a nove anos de prisão por esfaquear ex-namorada

Ministério Público recorrerá da sentença, por achar insuficiente o tempo de reclusão. (Foto: Freepik)

Submetido a júri popular em Santa Maria (Região Central do Estado), um homem foi condenado a nove anos de prisão por tentar matar com golpes de faca a ex-namorada. O crime foi cometido em novembro de 2022, quando o agressor tinha 42 anos a vítima 39.

A promotora de Justiça Caroline Mottecy de Oliveira, que atuou em plenário, já adiantou que o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorrerá da sentença, por considerar brando o tempo de reclusão definido para o réu, em relação à gravidade do caso.

O processo criminal detalha que na origem do incidente está um namoro de sete meses, rompido por iniciativa da mulher. Cerca de uma semana depois, ela caminhava em direção ao condomínio onde reside, quando passou a ser acompanhada – contra a vontade – pelo ex, inconformado com o fim do relacionamento.

Ele conseguiu subir até o apartamento, onde continuou insistindo em uma reaproximação. Diante da resposta negativa, pegou uma faca de cozinha e desferiu golpes na cabeça da vítima, que tentou fugir correndo mas acabou alcançada e novamente atingida, desta vez nas cosas.

“Ela teve lesões graves, correu risco de morte, ficou internada mais de 20 dias. Teve, inclusive, que ser intubada porque uma das facadas perfurou o pulmão”, contou a promotora.

O agressor foi preso em flagrante logo após o crime. Sua defesa chegou a pedir que fosse considerado como atenuante o fato de ele ter agido “por violenta emoção”, a fim de reduzir o caso para lesão corporal grave. Mas o júri não acolheu o argumento.

Prevaleceu a tese de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (ciúmes), uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (atacada desprevenida). Foi acrescentada, ainda, a acusação de violência doméstica.

Assassinato de africano

O assassinato de um senegalês na cidade de Tapejara, em 2021, levou o autor do crime a uma sentença de 28 anos de prisão. De acordo com o processo, o ataque foi cometido a tiros em um bar onde o homicida importunava os demais clientes.

Ao tentar apaziguar os ânimos, o imigrante africano acabou baleado fatalmente pelo causador da confusão, que estava em liberdade condicional por causa de outra morte que provocara, anos antes. Uma segunda pessoa também foi atingida mas sobreviveu. O caso gerou comoção no município, onde a vítima era bem-quista pela comunidade.

(Marcello Campos)

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