Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2024
No primeiro dia de atuação do Gabinete de Crise avançado que está instalado em São Sebastião do Caí, as forças de segurança resgataram 29 pessoas. O helicóptero Águia 12, da Polícia Militar de São Paulo, passou o dia percorrendo as áreas tomadas pelas águas para socorrer as pessoas que estavam ilhadas.
O Gabinete de Crise está no comando das operações, que contam com o trabalho de profissionais da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil estadual, da Assistência Social, da Polícia Militar de São Paulo e do Samu. Eles se dividem para atuarem nas buscas, na apuração de informações e no acolhimento da população local.
O chefe de Gabinete de Crise, Tenente Coronel Euclides Neto, explicou que o foco no momento é salvar vidas. “Nosso trabalho será por etapas, e, neste momento, por determinação do governador Eduardo Leite, a prioridade é salvar o maior número de pessoas possível”, enfatizou.
O prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio César Campani, relatou que 80% da cidade está debaixo de água e que não está medindo esforços para atender à população local. “Começamos a nos preparar na primeira emissão de alerta e nossa atenção agora é em evitar óbitos na região”, afirmou.
Quando descem no helicóptero, as pessoas resgatadas são atendidas pelos assistentes sociais, que preenchem um cadastro de identificação, oferecem coberta e alimentação. Depois, ela são encaminhadas para abrigos ou para casa de parentes.
A secretária de Assistência Social de São Sebastião do Caí, Mônica Alles, informou que cerca de 400 moradores estão nos abrigos do município, número que tende a aumentar nos próximos dias.
Postos avançados
O governo estadual instalou postos avançados nas regiões mais afetadas para acelerar operações de resgate. Além de São Sebastião do Caí, estabelecidas bases em Santa Cruz do Sul, liderado pelo vice-governador Gabriel Souza; e Bento Gonçalves, pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos. Além disso, há representantes da Defesa Civil atuando em bases nas cidades de Candelária e Lajeado.
Dada a complexidade da crise, o governo do Estado descentralizou o comando das operações, instaurando o Gabinete de Crise em mais duas cidades. Em Bento Gonçalves, ele é coordenado, e em Santa Cruz do Sul, pelo vice-governador Gabriel Souza.
Com atuação transversal, envolvendo representantes de diversas secretarias, os postos avançados estão operando em articulação com o Grupo de Gestão Operacional, instalado no Comando Militar do Sul (CMS), e o Gabinete de Crise central, que se reúne diariamente na sede da Defesa Civil. Ambos os núcleos funcionam em Porto Alegre, sob liderança do governador Eduardo Leite.
Com a medida, que aproxima as autoridades da realidade local, o governo pretende acelerar o trabalho de identificação e resgate de famílias isoladas ou ilhadas nas regiões mais afetadas pelas cheias. Paralelamente, as equipes trabalharão na logística de fornecimento de doações e assistência humanitária para as pessoas desabrigadas, além de agilizar a organização dos espaços públicos que estão recebendo os desalojados.