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Notícias Em sessão secreta de CPI, ex-advogado da J&F ataca Janot

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Tomaz foi detido na Operação Patmos, deflagrada com base na delação de executivos da JBS. (Foto: Reprodução)

O advogado Willer Tomaz, que representava a J&F (controladora do grupo JBS), prestou depoimento à CPMI da JBS nesta quarta-feira (4). De acordo com o relator da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB- MS), o teor do depoimento de Tomaz é “extremamente grave” ao lançar suspeitas sobre a conduta de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral, no acordo de delação da JBS.

De acordo com parlamentares presentes à sessão, que falaram sob condição de anonimato, o advogado acusou Janot de “forçar a barra” para deixar o caso em que ele é investigado com o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele nega ter proximidade com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), apontados como justificativa pelo exprocurador-geral para que as investigações envolvendo Tomaz ficassem a cargo do STF. O advogado foi detido na Operação Patmos, deflagrada com base na delação de executivos da JBS, em maio. Ele é acusado de pagar propina ao procurador Ângelo Goulart Villela para repassar informação privilegiada a Joesley Batista.

Tomaz teria utilizado sua fala para dizer que é vítima de uma “armação”. Ele ainda fez ataques aos delatores da JBS, dizendo que Joesley e Francisco de Assis, ex-diretor jurídico do grupo, se contradisseram em suas acusações.

SESSÃO SECRETA

A sessão desta quarta foi realizada de forma secreta: a imprensa não tem acesso ao depoimento e foram interrompidas as transmissões por internet, rádio e TV Senado. Parlamentares decidiram fazer uma audiência a portas fechadas para que
Tomaz concordasse em falar.

De acordo com Marun, o advogado se emocionou por diversas vezes. “Ele começa falando que ficou 76 dias preso sem ser ouvido”, disse, acrescentando que considera uma “ilegalidade” a detenção de Tomaz. “É um homem indignado”.

Marun é um dos principais porta-vozes da tropa de choque do presidente Michel Temer na Câmara. A escolha dele para a relatoria da CPI foi vista como um marco de que o governo quer usar a comissão para intimidar procuradores
e os delatores da JBS.

Temer é alvo de duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal ao STF. As acusações por corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa têm como base as acusações apresentadas por Joesley. Marun aproveitou a sessão para atacar Janot. “Ações controladas poderiam ter comprovado pagamento ao procurador Ângelo e isso não foi feito”, disse.

“É muito grave no meu modo de ver. Isso sinaliza algo que eu sempre entendi: a existência de um complô que envolveu uma série de pessoas, empresas e até membros e instituições e que visava derrubar o presidente Temer”, disse.

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https://www.osul.com.br/em-sessao-secreta-de-cpi-ex-advogado-da-jf-ataca-janot/ Em sessão secreta de CPI, ex-advogado da J&F ataca Janot 2017-10-04
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