Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2022
Neymar marca o 76º gol em 123 partidas pela seleção brasileira, o 7º em Copas do Mundo
Foto: Reprodução/TwitterEm sua melhor atuação na Copa do Mundo e munida com as voltas de Neymar e Danilo, a Seleção Brasileira passou sem dificuldades pela Coreia do Sul, goleando o adversário asiático por 4 a 1. O time comandado por Tite avança às quartas de final e enfrentará, na sexta (5), a Croácia, que eliminou o Japão nos pênaltis.
Se o ataque pouco funcionou nos três primeiros jogos, com apenas três gols, nessa segunda, sobraram bolas na rede graças à inspiração do quinteto ofensivo, que viveu uma noite de brilho e comandou a goleada, construída com gols de Vini Jr., Neymar, recuperado de lesão, Richarlison e Lucas Paquetá. Todos os gols foram comemorados com dancinhas. Até mesmo Tite participou de uma delas, a dança do “Pombo”, sem, é claro, o mesmo gingado dos atletas.
Jogo
O time enterrou os problemas da fase inicial com uma atuação irretocável. Neymar, Raphinha, Richarlison e, especialmente, Vini Jr. lideraram o passeio em Doha. Encontraram com tranquilidade os espaços na frágil defesa adversária e se entenderam bem desde o início.
Foram quatro gols num intervalo de 29 minutos na etapa inicial. O primeiro saiu aos sete dos pés de Vini Jr. em conclusão precisa após linda jogada de Raphinha pela direita. Neymar ampliou aos 13 em cobrança de pênalti com a categoria que lhe é peculiar e ficou a um gol de igualar Pelé (nas contas da Fifa) como o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira.
A falta dentro da área foi sofrida por Richarlison, que anotou o terceiro aos 29, o mais bonito da partida, após trama que envolveu os zagueiros Marquinhos e Thiago Silva. O capitão deu a assistência para o camisa 9 bater no canto e comemorar com sua tradicional dança, a do Pombo. Até mesmo Tite foi incluído no baile.
O quarto gol, aos 44, também foi fruto de uma trama envolvente com passe por elevação de Vini Jr e conclusão de primeira e de direita do canhoto Lucas Paquetá. A Coreia até incomodou, mas Alisson, que não havia feito uma defesa sequer no torneio, trabalhou com segurança ao defender a conclusão de Hee-Chan.
Raphinha foi o único do quinto ofensivo que não balançou as redes no primeiro tempo. Por isso, no segundo, o time trabalhou para que ele marcasse. O atacante do Barcelona tentou de falta, de direita e de canhota, mas, atrapalhado pela ansiedade e pelo goleiro, não fez o dele.
Tite, satisfeito com o que viu, aproveitou a segunda metade da etapa final para descansar alguns atletas e dar rodagem a outros. Até mesmo o terceiro goleiro Weverton, do Palmeiras, sentiu o gosto de disputar um jogo de Mundial ao entrar no final no lugar de Alisson. Apenas ele não havia entrado em campo. Com isso, todos os 26 atletas, tiveram a oportunidade de atuar nesta Copa.
Rodrygo substituiu Neymar. O camisa 10 jogou 35 minutos e não aparentou sentir o tornozelo direito. Não teve um desempenho brilhante, mas deu sua contribuição na goleada.
A Coreia apertou e parou duas vezes em ao menos duas grandes intervenções de Alisson, um dos protagonistas do jogo. Até que, no fim, os sul-coreanos foram premiados pela insistência com um bonito gol, marcado por Seung-Ho em finalização potente de fora da área. Nada que estragasse a festa brasileira.
Ficha técnica
— Brasil: Alisson (Weverton); Éder Militão (Daniel Alves), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo (Bremer); Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar (Rodrygo); Raphinha, Richarlison e Vini Jr (Gabriel Martinelli). Técnico: Tite
— Coreia do Sul: Seung-Gyu; Moon Hwan, Minjae, Young-Gwon e Jin-Su (Chul); Woo-Young (Jun-Ho), In-Beom (Seung-Ho), Lee Jae-Sung (Kang-In) e Hee-Chan; Son e Gue-Sung (Ui-Jo). Técnico: Paulo Bento.
— Arbitragem: Trio francês comandado por Clement Turpin, Nicolas Danos e Cyril Gringore. VAR (árbitro de vídeo): Jerome Brisard, também da França.