O banimento de Jair Bolsonaro das próximas eleições não surpreendeu. Presumia-se há meses até o placar de 5×2 dessa decisão, no curso de uma briga, que virou pessoal, com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele se meteu nisso ciente de que levaria a pior: ninguém se dá bem esmurrando ponta de faca. Mesmo vitorioso em 2022, com dois ministros por nomear, o mais provável é que o TSE hoje estaria decidindo por anular a sua reeleição.
Depuração
A curiosa inclusão do general Braga Netto na ação tinha a exata intenção “depuradora” de cassar os dois, para tirar o bolsonarismo do poder.
Missão suicida
Certo de que a briga não tinha mais volta, Bolsonaro parece ter assumido como “missão camicase” o enfrentamento sem tréguas ao STF e TSE.
Não é o fim do mundo
Bolsonaro disse há dias que a inelegibilidade “não é o fim do mundo”. Ele parece achar que o TSE o livrou da “obrigação” de concorrer em 2026.
Liderança retomada
A estratégia será a de se colocar como vítima de perseguição, ficando liberado para falar sem freios à metade do País que votou nele em 2022.
Deputados do Amazonas torraram R$4,2 milhões
Os 24 deputados estaduais do Amazonas já torraram R$4.279.751,39 com a Cota Parlamentar, versão local do cotão que engorda a verba dos gabinetes da Câmara Federal. O valor milionário foi gasto em apenas quatro meses de legislatura, entre fevereiro e maio, e levantados pela coluna com base na transparência da Aleam. Sinésio Campos, único do PT na assembleia, lidera o ranking da gastança: R$207.940,65.
A conta é sua
Engorda os gastos de Sinésio o aluguel de carros. Todo mês o pagador de impostos desembolsa R$20 mil para bancar um carrão para o petista.
Senhores passageiros
Considerado o maior gasto em apenas um mês, a medalha vai para Wilker Barreto (Cidadania), R$68 mil em abril, quando até fretou avião.
Econômico
Quem menos gastou, pelos registros da transparência, foi o estadual Thiago Abrahim (União) R$37,3 mil entre fevereiro e maio.
Virou pessoal
O banimento do ex-presidente Jair Bolsonaro das próximas eleições não surpreendeu o deputado Rodrigo Valadares (União-SE). Para ele, o TSE “hoje escolhe inimigos e os pune de acordo com sua vontade pessoal.”
Contra 57 milhões
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) lembrou que o TSE não tornou inelegível Dilma, que sofreu impeachment, mas carregou nas tintas com Jair Bolsonaro: “ato contra mais de 57 milhões de brasileiros”.
Referências
A internet descobriu o perfil nas redes sociais do criminoso pedófilo preso em Brasília após sequestrar uma garotinha em Luziânia (GO). Além de apoiar Lula, fez diversas críticas ao senador Sérgio Moro (União-PR).
Destruição
O Pará, que sediará a COP30, além de recordista nacional de desmatamento, registrou maior número de focos de incêndio da Amazônia em junho: 614 focos. A média mensal do Estado é 343.
Michelle pronta
A inelegibilidade de Jair Bolsonaro mexeu no clã e aguçou o lado político de Michelle Bolsonaro, forte entre evangélicos e mulheres. Após o resultado, a ex-primeira-dama avisou que “está às ordens’.
Pano rápido
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann provocou saia justa ao admitir no Foro de S.Paulo que “alguns companheiros” achavam inoportuna a realização do evento com a presença de Lula. Depois tentou aliviar, mas era tarde.
No mundo todo
Os presidentes dos bancos centrais dos EUA (Fed), Inglaterra (BoE) e Europa (ECB) se reuniram em Sintra (Portugal), esta semana para avisar: aumentos de juros devem continuar para combater a inflação.
Minha Casa, Minha Dívida
A Justiça Federal do DF realiza neste sábado audiência pública nos problemáticos imóveis do Minha Casa, Minha Vida no Paranoá Parque. São mais de 1.600 ações de imóveis com vícios construtivos.
Pensando bem…
…se o modelito venezuelano seguir avançando, como celebra o 26º Foro de S.Paulo em Brasília, logo a oposição entrará na rota da extinção.
PODER SEM PUDOR
Como negar aumento
Magalhães Pinto presidia o Senado e tinha uma missão difícil: convencer o presidente Ernesto Geisel a aumentar os vencimentos dos parlamentares. Marcou audiência e, na hora agá, convidou para acompanhá-lo o presidente da Câmara, Célio Borja. O general Geisel recebeu os dois com cara marrada, em pé, e ainda deu um soco na mesa. Magalhães amarelou: “Presidente, só vim acompanhar o Borja, que tem uma proposição a fazer…” O presidente da Câmara, claro, nada tinha a propor. Os dois balbuciaram algumas palavras e foram embora, cabisbaixos. Não se falou de aumento.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos