Um ano após começar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o País tem 70% da sua população imunizada com as duas doses, enquanto 15% recebeu a dose de reforço e 75% ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A campanha é coordenada pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), do governo federal.
Desde então, três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI: AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.
Pesquisadores da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Imunizações afirmaram que o resultado da vacinação foi uma queda drástica na mortalidade e nas internações causadas pela pandemia, mesmo diante de mutações mais transmissíveis do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.
Quando o Brasil aplicou a primeira vacina contra a Covid-19, no início do ano passado, a média móvel de vítimas da doença passava de 900 por dia, e 23 Estados tinham mais de 60% dos leitos de pacientes graves com a doença ocupados no SUS (Sistema Único de Saúde). Com doses limitadas, a campanha começou focando grupos mais expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos.
Levou até junho para que um quarto dos brasileiros recebesse ao menos a primeira dose, e o País viveu o período mais letal da pandemia no primeiro semestre do ano passado, quando a variante Gama (P.1) lotou UTIs (unidades de terapia intensiva) e chegou a provocar picos de mais de 3 mil vítimas fatais por dia.
Nos grupos já vacinados, porém, as mortes começaram a cair conforme os esquemas vacinais eram completados, e os pesquisadores chegaram a indicar que a pandemia havia rejuvenescido, já que os idosos imunizados passaram a representar um percentual menor das vítimas.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou que o sucesso do enfrentamento da pandemia depende da colaboração de Estados e municípios, principalmente com relação ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço.