Em apenas uma hora, Magda Chambriard foi eleita presidente da Petrobras e tomou posse no cargo. A nomeação de Magda foi aprovada pelo Conselho de Administração da empresa, em reunião iniciada nessa sexta-feira (24) às 8h30. O fato relevante com a decisão foi distribuído ao mercado às 9h36.
Magda também foi eleita como membro do conselho. Não é necessária a convocação de assembleia de acionistas para sua aprovação em qualquer um dos cargos.
A executiva substituiu Jean Paul Prates, demitido na semana passada. Mesmo antes da posse, Magda já vinha dando expediente na sede da petroleira, no Rio de Janeiro, segundo integrantes da companhia. Ela esteve na Petrobras nesta semana para iniciar conversas com a equipe e se ambientar.
Uma das principais missões de Magda na empresa será acelera investimentos em diversas áreas, como refinarias, fertilizantes e na indústria naval. Uma das queixas do presidente Lula era que aportes e obras, na gestão de Prates, caminhavam lentamente.
Magda será cobrada a melhorar nos próximos meses o percentual de execução do plano de investimento. Hoje, ele está em 73% frente ao que deveria ter sido implementado, segundo fontes a par dos números.
O dado é alvo de críticas dentro do governo. Segundo um auxiliar de Lula, isso significa que a Petrobras está deixando de desembolsar recursos e gerar empregos.
Na última década, a rotatividade de executivos na presidência da Petrobras foi alta. Ela será a décima presidente desde 2012, um período marcado pelo escândalo da Operação Lava-Jato, que envolveu a petroleira. Boa parte dos executivos foi retirada do cargo após descontentamento sobre a política de preços de combustíveis, especialmente na gestão de Jair Bolsonaro.
Perfil
Magda é mestre em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ (1989) e engenheira civil pela UFRJ (1979), com especialização em Engenharia de Reservatórios e Avaliação de Formações e especialização em Produção de Petróleo e Gás, na hoje denominada Universidade Petrobras.
Iniciou sua carreira na Petrobras, em 1980, atuando sempre na área de Produção, onde acumulou conhecimentos sobre todas as áreas em produção no Brasil.
Tornou-se diretora da ANP em 2008. Em 2012, chegou à diretoria-geral da agência no governo Dilma Rousseff, tendo liderado a criação da Superintendência de Segurança e Meio Ambiente, Superintendência de Tecnologia da Informação, os trabalhos relativos aos estudos e elaboração dos contratos e editais, os estudos técnicos que culminaram na primeira licitação do pré-sal, além das licitações tradicionais sob regime de concessão.