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Brasil Em vez de redução de impostos, ministro da Fazenda sugere bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil na compra de carro zero

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Bônus poderão valer para modelos que custem até R$ 120 mil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bônus poderão valer para modelos que custem até R$ 120 mil. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diferentemente do que se imaginava, o pacote de estímulo às vendas de carros novos que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugere, e que pode ser anunciado na segunda-feira (05), muda o formato da proposta do governo anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em 25 de maio, Dia da Indústria.

De acordo com pessoas envolvidas na discussão em Brasília, em vez dos descontos de 1,5% a 10,96% sobre impostos, serão oferecidos bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil em modelos que custem até R$ 120 mil.

Com essa possível mudança, o valor do bônus seria aplicado na nota fiscal ao consumidor e compensado depois pelas montadoras no recolhimento dos tributos.

Entretanto esse possível novo modelo não mexeria na tributação, haja vista que o desconto não seria aplicado diretamente sobre o imposto, mas sobre o valor do automóvel.

Todavia, o abatimento ainda precisaria de uma compensação, cuja forma ainda não foi definida pelo governo.

A ideia do Palácio do Planalto é publicar uma Medida Provisória (MP), com validade de quatro meses, inicialmente para vendas apenas a pessoas físicas, pois o foco é beneficiar o consumidor final.

Em prazo ainda a ser definido, as vendas seriam liberadas também para pessoas jurídicas, como locadoras e frotistas.

Estão mantidos os três critérios que definirão os valores dos bônus: social (mais baratos), ambiental (eficiência energética/consumo de combustível) e industrial (maior uso de peças fabricadas no País).

Atualmente, os dois modelos de carro mais baratos à venda custam R$ 68.990.

Se o desconto tiver como base apenas o valor do bônus, os preços seriam reduzidos em R$ 8 mil, caso eles atendam as três exigências do governo. O chamado carro popular, portanto, custaria R$ 60.990.

Vendas em maio
As vendas de automóveis e comerciais leves – medidas pelos números de emplacamentos – cresceram 9,65% em maio na comparação com abril, para 166.361 unidades. Na comparação com maio do ano passado, porém, houve queda de 4,9% e alta de 10% nos cinco primeiros meses de 2023 ante o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados na sexta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Considerando as vendas totais do setor – que englobam, além de automóveis e comerciais leves, também ônibus, caminhões, motocicletas e implementos rodoviários – o setor registrou crescimento de 20,35% nos emplacamentos em maio frente a abril e de 5,6% entre maio de 2022 e 2023.

No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano as vendas estão 14,8% maiores que no mesmo período do ano passado.

Em maio, foram emplacados 357.270 veículos automotores. Segundo a Fenabrave, em nota, o setor tem se apoiado nos bons números de comercialização de motocicletas, que vem apresentando crescimento real.

 

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