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Em vídeo, Lula defende rigor fiscal, controle da inflação e diz que novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é um “presente para o Brasil”

"Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas", falou Lula. (Foto: Reprodução de Vídeo)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo nas redes sociais destacando a importância do combate à inflação e reafirmando o compromisso do governo com a autonomia do Banco Central (BC). Na postagem, Lula também afirmou que o atual diretor de Política Monetária da instituição, Gabriel Galípolo, é um “presente para o Brasil”.

“Seguimos mais convictos do que nunca de que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas”, afirmou o chefe do Executivo.

No mesmo vídeo, Lula enfatizou que a Presidência da República não interferirá no trabalho de Galípolo, sucessor de Roberto Campos Neto no comando da instituição.

“E eu quero te dizer que você será certamente o mais importante presidente do Banco Central que este país já teve, porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve. Porque eu tenho certeza da tua qualidade profissional, da tua experiência de vida e do teu compromisso com o povo brasileiro, certamente você vai dar uma lição de como se governa o Banco Central com a verdadeira autonomia”, ressaltou. “Jamais haverá, por parte da Presidência, qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central”.

Oferta da moeda

O dólar fechou em queda na sexta-feira (20), na casa dos R$ 6,07, após mais um dia de leilões de dólar realizados pelo BC para aumentar a oferta da moeda no país e conter a desvalorização do real.

A moeda americana passa por uma sequência de fortes altas nos últimos dias, e chegou à casa dos R$ 6,30 na quinta (19). O BC decidiu colocar US$ 8 bilhões em leilão para esfriar os ânimos do mercado. O dólar recuou e fechou aos R$ 6,1216.

Nessa sexta, o BC colocou mais US$ 7 bilhões à venda, sendo US$ 3 bilhões em leilão à vista (em que o valor não volta para o caixa da instituição) e US$ 4 bilhões em leilões com compromisso de recompra dos dólares (quando o valor volta ao caixa do BC). Na mínima do dia, o dólar chegou aos R$ 6,05.

O presidente do órgão, Roberto Campos Neto, avaliou em coletiva de imprensa na quinta que houve uma saída extraordinária de recursos do País neste fim de ano e, por isso, a instituição resolveu intervir com leilões de venda de dólares. Gabriel Galípolo, o futuro chefe da autoridade monetária, disse não ver “ataque especulativo” contra o real.

Em pouco mais de uma semana, foram leiloados quase US$ 28 bilhões. No ano, o dólar tem alta de 25%. As informações são do site Brasil 247 e do portal de notícias g1.

 

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