Quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2025
No vídeo, Lula explicou que há "várias razões" para o aumento dos preços dos alimentos e citou a subida do dólar, mas também eventos climáticos.
Foto: ReproduçãoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma publicação em suas redes sociais visitando a horta da Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência em Brasília, para defender as medidas estudadas pelo governo federal para diminuir os preços dos alimentos. No vídeo, compartilhado pela primeira-dama Janja Silva, Lula admitiu que o tema preocupa o governo, mas disse que fará “quantas reuniões forem necessárias” para buscar saídas para o problema.
“Nós estamos discutindo, vamos fazer muitas reuniões com atacadistas, donos de supermercados, produtores, para que a gente encontre uma solução para garantir que a comida chegue mais barata de acordo com seu poder de compra. É isso que nós estamos trabalhando muito e vamos fazer quantas reuniões forem necessárias”, afirmou o presidente.
Na última semana, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal vai adotar medidas para conter a alta do preço dos alimentos. O tema foi uma das principais cobranças do presidente Lula na reunião ministerial realizada na última segunda-feira. O anúncio, entretanto, gerou desgaste para o governo federal após a oposição criticar uma possível intervenção direta nos preços.
No vídeo, Lula explicou que há “várias razões” para o aumento dos preços dos alimentos e citou a subida do dólar, mas também eventos climáticos, como o calor extremo e as variações na chuva. O vídeo foi gravado durante uma visita do presidente à horta da Granja do Torto. Segundo o mandatário, ele quer realizar reformas no local para que o espaço possa atender as necessidades do Palácio da Alvorada.
“Também a capacidade de compra do povo (interfere nos preços), na hora que há um aumento na demanda, que o povo pode comprar mais, na verdade os vendedores aumentam os preços. E a gente não quer ter inflação porque quem paga com a inflação é você, é o trabalhador, quem vai no supermercado comprar comida”, afirmou o presidente.
Inflação
A prévia da inflação no Brasil desacelerou e ficou em 0,11% em janeiro de 2025, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em dezembro de 2024 (0,34%). As maiores influências vieram dos grupos de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,06% e impacto de 0,23 ponto percentual (p.p) no índice geral, e Transportes (1,01% e 0,21 p.p.). A única taxa negativa veio do grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p), resultado que ajudou a conter o índice no mês.
Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em janeiro. No contexto da alta de preços em Alimentação e bebidas (1,06%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%).
(AG)