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Emanoel Araujo, escultor, artista plástico e curador do Museu Afro Brasil, morre em São Paulo aos 81 anos

O artista foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983).

O artista plástico e escultor Emanoel Araujo, curador do Museu Afro Brasil, morreu nesta quarta-feira (07), aos 81 anos. Ele foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência, no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, por volta das 10h desta quarta, segundo nota divulgada pelo museu

“Emanoel Araujo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país”, diz o texto. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), decretou luto oficial de três dias no Estado.

“Emanoel Araújo foi um ícone da cultura negra no Brasil. Artista, professor, pesquisador e gestor público de múltiplos talentos, Emanoel deu uma nova dinâmica à Pinacoteca de São Paulo, fundou o Museu AfroBrasil e trabalhou durante toda sua vida pela valorização da história da arte afrodescendente brasileira e da arte africana. São Paulo seguirá com seus ensinamentos”, disse.

Vida e obra

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no 15 de novembro de 1940. Em 1959, fez sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia, onde estudou gravura.

Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.

Pela Associação Brasileira de Críticos de Arte recebeu o Prêmio “Cicillo Matarazzo” em 1998 e 2007, além do Prêmio Clarival do Prado Valladares, em 2020, ano em que também recebeu a Medalha Zumbi dos Palmares pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2021, foi agraciado com a Medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo.

Foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983). Lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York (1988). Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nos anos de 1995 e 1996 foi membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual era Diretor Curador e Executivo.

Expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas.

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