Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 9 de agosto de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo Lula (PT) fez mais uma camaradagem ao amigo ditador Daniel Ortega, que havia expulsado o embaixador do Brasil em Manágua. De acordo com fontes diplomáticas, o governo brasileiro fez chegar ao governo da Nicarágua o pedido de retirar sua embaixadora do Brasil antes de sua expulsão ser oficializada pelo Ministério das Relações Exteriores. Ainda na madrugada de quarta (7) para quinta (8), Fulvia Matus minimizou a humilhação da expulsão abandonando Brasília.
Reação é praxe
A expulsão da embaixadora é praxe nas relações diplomáticas, baseadas no princípio da reciprocidade, algo como “trato você como você me trata”.
Devoção unilateral
Não é correspondida a devoção de Lula a tiranos esquerdistas como Ortega, como mostra a expulsão do embaixador Breno Souza da Costa.
Fidelidade canina
Na Venezuela, Maduro lançou dúvidas sobre a lisura da eleição de Lula. Ainda assim, o petista manteve fidelidade quase canina ao amigo tirano.
Convite é intimação
O embaixador brasileiro foi expulso por não haver atendido ao convite, que na ditadura é intimação, para evento de interesse do ditador Ortega.
ONGs lucram com indígenas, denuncia Waiãpi
Para a deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP), o subdesenvolvimento dos povos indígenas no Brasil é negócio lucrativo para as Organizações Não-Governamentais (ONGs) que se esbaldam com dinheiro público. Segundo a parlamentar relatou ao podcast Diário do Poder, essas ONGs querem manter índios como “elemento alegórico do bioma” da Amazônia. “Tem gente se aproveitando da perda de dignidade de um povo”, criticou.
Objetivo claro
Waiãpi mencionou ONGs da França, Alemanha, Bélgica etc., que têm o objetivo manter a Amazônia e os indígenas “presos no passado”.
Escravo da memória
Tem antropólogo que “mantém um indígena, cidadão brasileiro, escravizado numa memória do passado”, disse a deputada.
Definição certa
“Isso, sim, é genocídio”, disse Sílvia Waiãpi, sobre as políticas públicas que mantém indígenas subdesenvolvidos.
Cara de tacho
Lula deixou os ministros do Tribunal de Contas da União com cara de tacho, após criticar a decisão bajuladora que pega leve sobre o relógio de luxo que ele ganhou como presidente e levou para casa. Ele teme que a decisão do TCU beneficie o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Faltam 11 contêineres
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) duvida da crítica de Lula com a decisão bajuladora do TCU, deixando-o ficar com o luxuoso relógio: “Ainda faltam 11 containers e tantas outras joias e presentes”, lembra o deputado.
Reforma sem obra
Líderes no Senado, especialmente da oposição, tentam pressionar seu presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a retirar a urgência do projeto que regulamenta a reforma tributária. O governo quer o contrário.
Quase nada
Doze dias desde a fraude na Venezuela que “elegeu” Maduro, o governo brasileiro se limitou a três notas (duas com México e Colômbia) que, na prática, objetivam dar tempo ao ditador para falsificar as “atas eleitorais”.
Transparência opaca
Está no anedotário de Brasília os “apelos” de Lula por “transparência” da ditadura Maduro. Logo ele, campeão em decretar sigilo de até 100 anos sobre agenda e gastos de Janja, atividades suspeitas do ministro de Minas e Energia, pesquisas contratadas pelo seu governo etc. etc.
É big, é big
Por pouco Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, não assopra velinhas no xilindró. A soltura, autorizada ontem (8), saiu na véspera de a prisão completar um ano. Sem julgamento.
Multidão em Gravatá
A visita de Jair Bolsonaro em Gravatá (PE) foi um repeteco de sua passagem por Recife. Uma multidão entupiu a principal rua da cidade para receber o ex-presidente que cumpre agenda do Estado.
Recorde
O governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), celebrou recorde de investimento público no Estado, R$ 3,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. É o maior valor aplicado dos últimos 24 anos.
Pensando bem…
…em breve a ditadura vai apresentar “ah, tá” eleitoral na Venezuela.
PODER SEM PUDOR
Protesto com prejuízo
Quando a ditadura fechou o Congresso, em 1966, determinou que os parlamentares se identificassem para entrar no prédio. O conservador Amaral Neto se revoltou e, numa cena teatral, rasgou a carteirinha de deputado, diante do diretor da Câmara, Luciano Brandão, encarregado de identificar os deputados. Logo depois ele se lembrou que precisava do documento para viajar de graça (na época era assim) de avião. “Providencie a segunda via, preciso viajar ao Rio”, disse baixinho a Brandão. Mas passou o resto da vida citando o gesto como sinal de sua “resistência”.
* Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
* redacao@diariodopoder.com.br
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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