Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de março de 2024
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, fez uma embolização para “resolver questões linfáticas que estavam atrasando sua recuperação” após o transplante renal, realizado em 26 de fevereiro. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da família.
“O implante renal foi bem-sucedido, mas o paciente ainda aguarda pelo início do funcionamento do órgão”, diz a nota da família.
A embolização é um procedimento em que o fornecimento de sangue é interrompido propositalmente em uma parte do corpo.
“Embolização é o ato cirúrgico de bloquear (parcial ou totalmente) a passagem de um fluido, que pode ser sangue arterial, venoso ou linfático, dentro do corpo humano. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva, guiada por imagem, que pode ser indicada para diversos tratamentos”, explica o professor Francisco Cesar Carnevale, chefe do serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês.
Geralmente, o procedimento é indicado para alguma situação clínica, que possa estar dificultando o funcionamento de algum órgão. No caso do apresentador, o rim.
Faustão passou por um transplante de rim em 26 de fevereiro, mas o órgão não está funcionando ainda.
De acordo com familiares, quando o apresentador passou por um transplante de coração, em agosto do ano passado, seus rins já estavam comprometidos e ele estava fazendo hemodiálise. Faustão ficou na fila por um transplante de rim por dois meses.
Em média, o rim leva de 7 a 10 dias para começar a funcionar após o transplante, segundo Elias David Neto, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês.
“No Brasil, 50% a 60% dos rins levam esse tempo médio para voltar a funcionar normalmente. Quando há um transplante de coração prévio, existem outros fatores que podem fazer o rim demorar mais para funcionar e cada caso precisa ser avaliado”, explica o nefrologista.
Guilherme Santa Catharina, nefrologista do Instituto do Coração e da Clínica Sartor, pontua que quando o transplante é realizado a partir de um doador vivo, o paciente geralmente sai com o enxerto funcionando. O mesmo não ocorre com um doador falecido (caso do Faustão).
“A recuperação é um pouco mais lenta. Após a captação do órgão, o enxerto fica um certo tempo ‘fora do corpo’ – para realização de testes de compatibilidade, transporte até o centro transplantador, realização da cirurgia”, diz.
E completa: “durante este tempo (conhecido como isquemia fria) o órgão é mantido resfriado e em soluções de preservação. Isso faz com que após a realização do transplante ele demore um pouco mais para começar a funcionar (em geral, cerca de alguns dias)”. As informações são do portal de notícias G1.