Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de abril de 2025
O Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRES), em Porto Alegre, suspende temporariamente os seus atendimentos de urgência a partir desta terça-feira (22), para limpeza dos dutos do sistema de ar-condicionado. A medida faz parte dos procedimentos periódicos de manutenção exigidos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O setor deve ser reativado no dia 7 de maio.
Ao longo dessas duas semanas de pausa, as demandas estarão restritas a casos graves, encaminhados por ambulâncias no âmbito do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Pacientes da região são orientados a procurar outros serviços de referência, como Pronto Atendimento (PA) da Lomba do Pinheiro e a Emergência do Hospital Vila Nova. Já para situações de menor gravidade, a a população deve se dirigir à unidades de saúde mais próxima de sua residência – os endereços e fones para contato são divulgados em prefeitura.poa.br/sms.
De acordo com a direção-geral do hospital, os procedimentos de limpeza exigem a desocupação total da emergência, já que não é possível conciliar a permanência de pacientes com a execução do serviço. “A medida tem caráter preventivo e a finalidade de garantir a segurança de pacientes e profissionais da saúde”, corrobora o titular da SMS, Fernando Ritter.
Estado
Na esfera estadual, o governo gaúcho ampliará em R$ 39 milhões o repasse anual previsto no programa “Assistir”, da Secretaria da Saúde, para 28 hospitais de 20 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. O reajuste leva em conta a correção pela inflação e o aumento da produção nas instituições do segmento nessa área do mapa.
A medida foi anunciada recentemente pelo governador Eduardo Leite a representantes da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), durante encontro no Palácio Piratini.
Atualmente, o repasse é de R$ 369 milhões. Com incremento, chegará a R$ 408 milhões, o que representa um reajuste de 11%. O valor supera o percentual de correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,83%, pois os hospitais da Região Metropolitana ampliaram também os procedimentos incentivados pelo “Assistir”.
O governador também sugeriu que o governo assuma a gestão plena de Porto Alegre, medida aceita pela prefeitura da Capital: “Nosso compromisso é de longo prazo. Quitamos dívidas históricas, colocamos pagamentos em dia e ampliamos investimentos. Agora, queremos avançar na qualidade da gestão. A rede hospitalar da capital atende pacientes de todo o Estado e precisa ser gerida com esse olhar”.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, reiterou a disposição do Estado em abrir novos ambulatórios do Assistir na Região Metropolitana onde há fila de espera e demanda reprimida: “Muitos municípios ampliaram a oferta de serviços e muitos hospitais têm equipes e não estão habilitados no Assistir”.
(Marcello Campos)