O emprego na indústria caiu pelo sexto mês seguido. Em junho, o recuo foi de 1% na comparação com maio, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada ontem. No semestre, o emprego nas fábricas brasileiras acumula baixa de 5,2% e, em 12 meses, de 4,6%.
Na comparação com junho do ano passado, o emprego industrial recuou 6,3% – é o 45 resultado negativo e a maior queda desde agosto de 2009 (-6,4%).
Segundo o IBGE, a maioria dos setores pesquisados mostrou retração. Os que mais sofreram com os cortes, ainda na comparação com junho de 2014, são: meios de transporte (-11,4%); máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%); produtos de metal (-11,8%); máquinas e equipamentos (-8,9%); vestuário (-6,7%)e alimentos e bebidas (-3,0%).
Na análise do segundo trimestre, o pessoal ocupado assalariado na indústria caiu 5,8% – a 15 taxa negativa seguida, “intensificando o ritmo de queda frente ao resultado do primeiro trimestre do ano (-4,6%)”.
Salários
O valor da folha de pagamento da indústria cresceu 1,3% em relação a maio, depois de cair por dois meses seguidos, influenciada pelo setor extrativo (31,2%), “em função do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor”. Na comparação com junho de 2014, o valor da folha de pagamento mostrou queda de 7,1% em junho de 2015, com destaque para meios de transporte (-17,4%). Em junho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,6% sobre maio. Nas comparações com período igual ao ano anterior, o número de horas pagas recuou tanto no fechamento do segundo trimestre de 2015 (-6,3%), quanto no índice acumulado dos seis primeiros meses do
ano (-5,8%).