Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de junho de 2016
Um dos principais responsáveis pelo projeto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (MG), assinado pela empreiteira Andrade Gutierrez, o executivo Flávio Barra afirmou à PGR (Procuradoria-Geral da República), que os repasses de propinas ao ex-ministro Delfim Netto foram feitos por meio de contratos fictícios.
“A empresa fez um repasse proporcional à sua participação no consórcio de Belo Monte, por meio de transferências em contratos fictícios à LS, empresa de consultoria de Luiz Apolônio, representante de Delfim Netto, e também à Aspen, empresa de consultoria do ex-ministro”, afirmou Barra, em depoimento de sua delação premiada.
Participações
O presidente afastado da empresa, Otávio Azevedo, foi o primeiro a revelar o acerto de repasse de 15 milhões de reais a Delfim (1% do custo total da obra), supostamente a pedido do ex-ministro petista Antonio Palocci.
Conforme os delatores, os valores eram relativos à a participação de Delfim (principal conselheiro econômico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) na formação do consórcio de empresas e estatais que venceu o leilão para a obra, em 2010.
Ainda de acordo com eles, o PT e o PMDB receberam propinas do grupo, por meio de doações aos partidos e campanhas eleitorais, de forma oficial. (AE)