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Porto Alegre Empresa suspeita de vender produtos contaminados por enchente é alvo de operação em Porto Alegre

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Rescaldos incluíam bebidas, produtos de higiene e limpeza. (Foto: Divulgação/MP-RS)

Uma empresa de coleta de resíduos e uma residência no bairro Santa Tereza, Zona Sul de Porto Alegre, foram alvo de operação conjunta da Polícia Civil, Procon Municipal e Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) nessa sexta-feira (28), em investigação sobre suspeita de venda de produtos contaminados pelas enchentes de maio no Estado. A ofensiva cumpriu cinco mandados de busca, resultando na apreensão de 5 toneladas de material.

Dentre os itens recolhidos estão pacotes de meio quilo de café, tubos de pasta de dente, óleo de soja e bebidas em  lata ou garrafa pet (refrigerantes, cervejas e energéticos). Também constam na lista produtos de limpeza, sobretudo sabão líquido para louça. Alguns artigos permaneciam estocados já sem as embalagens de papelão, destruídas pela água.

A maioria apresentava umidade e resíduos de lama, com um alto risco à saúde por causa da contaminação. Totalmente impróprios à utilização e consumo humanos, os produtos serão descartados pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

De acordo com a investigação, que contou com o apoio da promotoria do MP-RS especializada nos direitos do consumidor, o estabelecimento comercial foi flagrado realizando limpeza precária de locais inundados. Em vez de descartar, limpava e revendia os produtos, utilizando inclusive um tanque com água suja.

Entrevistado no local por um dos repórteres que acompanhavam o cumprimento das ordens judiciais, o proprietário da empresa admitiu que os rescaldos estavam sendo recuperados. Ele argumentou, porém, que o objetivo não era comercializar e sim doar os lotes para vítimas das catástrofes de maio no Estado.

“Não podemos simplesmente realizar a limpeza e destinar novamente os produtos para venda ou consumo, pois são necessários diversos protocolos e procedimentos específicos”, ressalta o promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da unidade do MP-RS.

Ele acrescenta: “Alertamos que, por mais que não aparentem, as embalagens podem estar corrompidas por pequenos furos, assim como latas enferrujadas eu estufadas. Há chance de contaminação e, com isso, de transmissão de doenças como gastroenterite, leptospirose e hepatite-A”.

Atenção redobrada

A população deve manter atenção redobrada ao comprar produtos, principalmente os alimentícios e de higiene. Se o o preço está abaixo do normal e a embalagem corrompida ou com aspecto diferente, a recomendação é de que a situação seja relatada às autoridades.

A Polícia Civil conduzirá agora investigação para verificar onde esses artigos eram obtidos e para onde seriam destinados – para venda direta ao consumidor ou algum estabelecimento como minimercado. Em caso de constatação da irregularidade, os proprietários da empresa poderão responder por crime contra as relações de consumo.

(Marcello Campos)

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