Empresas aéreas começaram a adotar planos de contingência para amenizar os impactos da greve dos caminhoneiros, que entrou no quarto dia na quinta-feira (24) e levou a uma restrição no abastecimento de combustíveis em aeroportos brasileiros. A Azul chegou a cancelar 15 voos.
A Latam disse que nenhum voo foi afetado, mas para quem tem viagens marcadas saindo de aeroportos com maior risco de desabastecimento (Brasília, Goiânia, Ilhéus, Recife e Teresina), remarcações poderão ser feitas sem cobrança de taxa, em caso de alterações ao longo de quinta-feira. A Avianca informou que foi “minimamente afetada” e também isentou passageiros de taxas quando necessário remarcação de voo. Não informou, no entanto, onde já houve alterações. A Gol disse que nenhum de seus voos foi afetado.
A Avianca colocou um número de telefone (4004-4040) à disposição dos passageiros, caso precisem remarcar seus voos. A medida vale para todos os clientes com viagens marcadas até 29 de maio. A Latam disse que, em caso de cancelamento de algum voo na quinta-feira por conta da greve, flexibilizará suas regras, oferecendo isenção da cobrança de taxa de remarcação e das diferenças tarifárias da passagem para nova data à escolha do cliente e, sem multas, em voos domésticos com partidas, chegadas ou conexões programadas para os aeroportos de Brasília, Goiânia, Ilhéus, Recife e Teresina. O telefone para remarcar é o 4002-5700 nas capitais ou 0300-570- 5700 nas demais localidades do Brasil.
A Gol enviou comunicado aos clientes na noite de quarta-feira recomendando que os passageiros verificassem a situação dos voos antes de se descolarem aos aeroportos. A empresa disse que está aplicando medidas de contingência em toda operação, “mantendo as ações necessárias para minimizar os impactos aos seus clientes”.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), há problemas de abastecimento de combustíveis nos aeroportos de Brasília e de Congonhas devido à paralisação dos caminhoneiros, que protestam para cobrar uma redução no preço do óleo diesel.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que acompanha em tempo real o abastecimento dos aeroportos e os possíveis impactos às operações. Mesmo com a escassez de combustível nos aeroportos todos os voos que estão em operação seguem abastecidos dentro do estabelecido pelos regulamentos, segundo a agência.
Na quarta-feira os caminhoneiros decidiram pela manutenção da paralisação, depois do fracasso de uma reunião da categoria com representantes do governo federal, que não conseguiu atender à reivindicação dos motoristas pela redução dos custos do combustível.
Também na véspera, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) disse que “está acompanhando com preocupação a paralisação de caminhoneiros pelo país e os reflexos para o transporte aéreo comercial”. A Abear disse que ainda não era possível contabilizar o número de voos ou rotas impactadas, e recomendou que os passageiros consultem o status de voo junto às empresas antes do deslocamento ao aeroporto.