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Brasil Empresas aéreas: Latam está apreensiva com a fusão entre a Azul e a Gol

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O presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier diz confiar que o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) irá aplicar medidas de mitigação para garantir a competitividade do mercado brasileiro. (Foto: Reprodução de vídeo)

Em sua primeira declaração desde que as conversas de fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul se tornaram públicas, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier diz confiar que o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) irá aplicar medidas de mitigação para garantir a competitividade do mercado brasileiro. — Não dá para imaginar qualquer formato de combinação de negócio entre as duas que não venha com medidas de mitigação sérias e importantes — diz ele. Cadier afirma ainda que a fusão seria o remédio errado para tratar do problema de endividamento das empresas, dado que operacionalmente elas vão muito bem. — A margem operacional das duas é maior do que a da Latam — diz.

O que muda na aviação brasileira com uma eventual fusão de Azul e Gol?

É muito cedo para falar. O que a gente viu até agora é esse memorando de entendimento para uma combinação de negócios. E que não é vinculante. O que a gente sabe é que as autoridades de concorrência aqui no Brasil são muito sérias e competentes. A gente confia que o Cade, quando tiver mais detalhes, vai fazer uma análise bastante profunda e criteriosa. Mas a gente também tem certeza de que vai precisar de medidas de mitigação. Não dá para imaginar qualquer formato de combinação de negócio entre as duas que não venha com medidas de mitigação sérias e importantes.

Que tipos de medidas de mitigação devem ser adotadas?

Difícil falar sem saber o nível de integração que está sendo pensado. Por isso fui cauteloso e não me pronunciei antes. Estava esperando mais detalhes. Mas essa conversa vem acontecendo desde abril. Já faz quase duas semanas do memorando. Deve haver propostas relevantes que vão em algum momento se tornar públicas.

O ministro de Portos e Aeroportos tem defendido a fusão afirmando que será boa para o consumidor e que não haverá aumento de preço de passagem. Dá para fazer esse tipo de afirmação dada a complexidade do setor?

Acho muito cedo para saber o impacto em preço porque a gente ainda não sabe qual será a proposta de combinação de negócios e as medidas de mitigação. Preço depende da competitividade. Se existir um impacto na capacidade de competir das empresas, isso vai se refletir no preço. Se a gente continuar com o mercado muito competitivo, provavelmente a afirmação faz sentido. Mas depende de coisas que ainda não sabemos.

Como manter a competitividade com uma empresa a menos?

As medidas de mitigação terão de vir para endereçar essa questão. Como as medidas de mitigação que vão ser propostas e aprovadas pelo Cade vão garantir essa competitividade? Ninguém quer aumento de preço. A gente quer um mercado competitivo, com cada companhia brigando pelo passageiro, com uma briga equilibrada. O Cade já analisou algumas fusões nesse setor no passado. Tem que recuperar as análises sobre Webjet e Gol e ver o impacto no preço.

O mercado brasileiro é desafiador para três companhias?

O mercado brasileiro tem companhias super sólidas. Se olhar a margem operacional, as companhias estão muito saudáveis. A dificuldade que a Gol e, eventualmente, a Azul experimentam são de financiamento e tamanho da dívida. Mas a operação das duas é saudável. Elas estão entre as empresas mais pontuais do mundo. A competição é agressiva. É bom concorrer com eles.

Não é problema de escala, mas de endividamento apenas?

O problema é com o acionista, não com a empresa em si, como às vezes se passa a impressão. E a solução para a problemas de dívida não é necessariamente uma fusão, né? A meu ver, você resolve isso com reestruturação. Seja através de um Chapter 11, como a Gol, seja através da reestruturação que a Azul vem fazendo. É por isso que eu acho que talvez o remédio fusão não seja exatamente o mais adequado para o problema. Eu não vejo nenhum risco dessas empresas quebrarem. Os ativos da Azul, da Gol e da Latam são muito bons. O Brasil é um mercado pujante. É o 5º maior do mundo. Um mercado que cresce e tem potencial. O próprio presidente da Gol, Celso Ferrer, declarou em uma entrevista que o futuro da Gol não depende da fusão com a Azul. Ele diz isso: que vai sair do Chapter 11 e que não é uma questão de sobrevivência.

Quantas empresas o mercado brasileiro comporta?

Eu acho que cabe mais do que três. E não vejo nenhum risco dessas empresas quebrarem. O mercado brasileiro não é pequeno. Não estamos falando de Chile, Argentina. Por isso eu digo que tem que olhar o ativo. E faço essa separação entre a operação e como você está financiando a sua operação. As informações são do portal o Globo.

 

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https://www.osul.com.br/empresas-aereas-latam-esta-apreensiva-com-a-fusao-entre-a-azul-e-a-gol/ Empresas aéreas: Latam está apreensiva com a fusão entre a Azul e a Gol 2025-01-26
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