Com a soltura de quase todos os condenados por ladroagem no âmbito da Lava Jato e até a anulação de sentenças, como a que levou o petista Lula a cumprir pena em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro, as empresas corruptoras agora “abriram entendimento” com tribunais superiores para receberem de volta, com juros e correção, os valores roubados que devolveram aos cofres públicos através de acordos de leniência firmados com a Justiça, nos quais confessaram seus crimes.
Pressão começou
Advogados que atuaram na Lava Jato agora se dedicam ao lobby pela restituição, às empresas, dos recursos devolvidos aos cofres públicos.
R$12,7 bilhões
Foram 17 acordos de leniência dessas empresas, com devolução, a título de “multa”, de R$12,7 bilhões roubados durante os governos do PT.
Roubaram pra valer
Integrantes do governo do PT devolveram R$4,3 bilhões surrupiados, em acordos de colaboração, mais R$111 milhões em “renúncias voluntárias”.
Vai que cola
A tese malandra vem sendo “costurada” junto a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
PT abre semana contando 280 votos pró-PEC
Nas tabelas que correm no PT, somam 280 os votos favoráveis a pec fura-teto. O alerta é com a votação do orçamento secreto no STF, que pode azedar o clima. Sinalização já foi dada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, ao articulador petista José Guimarães, e ao próprio Lula. Deputados querem que o governo eleito não só não pressione pela proibição do orçamento secreto, como atue pela manutenção.
Contas
São necessários 308 votos para aprovar a PEC. Deputados ameaçam mexer no texto, o que faria o projeto voltar ao Senado e atrasar.
Sinal amarelo
Petistas contavam com a articulação de Lira em Brasília para garantir a aprovação da pec. Lira deu de ombros e na quinta já estava em Alagoas.
Protelação
Proibição ou manutenção, o desejo de Lira é que a decisão fique para depois de fevereiro, portanto, após a eleição da Presidência da Câmara.
Tic-tac
A PEC Fura-Teto, a da Gastança, tem poucos dias para ser votada e aprovada na Câmara. O tempo ruge: é que o recesso parlamentar começa na próxima semana.
Celebridade
Mais uma celebridade saiu de casa e foi protestar contra a eleição de Lula. O ator Maurício Mattar foi flagrado em ato em frente ao Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Turma da boquinha
Ainda circulam em Brasília muitos carros com adesivos de Bolsonaro, onde ele venceu com folga, mas aumenta o número de veículos com adesivos de Lula, antes raros. É a turma do “me dá uma boquinha aí?”
Faca no pescoço
Com o aperto para que o PT cesse a pressão sobre ministros do STF para proibir o orçamento secreto, o articulador do partido, José Guimarães, mandou recado para Arthur Lira: vai “buscar entendimento”.
Ministério ‘tipo B’
Celso Amorim também é cotado para a sonolenta Secretaria de Assuntos Estratégicos, criada no primeiro governo do PT como Secretaria de Assuntos a Longo Prazo (a SeAlopra) para acomodar Mangabeira Unger.
Jogada cantada
Quem percebeu a presença do embaixador Mauro Vieira no Egito para acompanhar a viagem do presidente eleito Lula (PT) à COP-27 já apostava na sua nomeação para chefiar o Itamaraty.
Real e imediato
A Polícia Federal estranhou a afirmação de Lula de que a primeira missão de Flávio Dino na Justiça será “consertar o funcionamento da PF”. Mas o temor do petista é outro: uma PF que investigue.
Interesse explicado
O custo do Auxílio Brasil de R$600 (além do adicional de R$150 por criança) custará R$70 bilhões. Mas outros R$75 bilhões foram aprovados pela PEC Fura-Teto do PT para parlamentares gastarem como quiserem.
Pensando bem…
… já, já 2026 começa. Na política e no futebol.
PODER SEM PUDOR
O purgante e o efeito
Certa tarde, o deputado Carlos Lacerda estava na tribuna da Câmara mais virulento do que nunca. Com a sua metralhadora giratória, disparava tiros em todas as direções. Foi aparteado pela deputada Ivete Vargas, em tom de desabafo: “Vossa Excelência é um grande purgante!”
E Lacerda, como sempre muito rápido: “Se eu sou um grande purgante, Vossa Excelência é o efeito!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos