Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
Após o recesso de fim de ano, parlamentares voltam a discutir a legalização dos jogos de azar no País – incluindo bingos, cassinos, jogo do bicho e casas de aposta. O debate ganhou força com a crise, que levou o governo a considerar a receita da atividade, estimada em 15 bilhões de reais anuais, como opção para melhorar as contas. Para garantir uma fatia nesse possível novo mercado, empresas do setor reforçaram o time de lobistas. O apetite era visível em uma recente feira internacional do ramo na Inglaterra.
Nesse evento, a fabricante italiana de caça-níqueis VNE expunha uma bandeira do Brasil com os dizeres: “Máquinas prontas para o mercado brasileiro”. Outra gigante do setor, a multinacional IGT, autodeclarada maior do mundo no ramo de jogos de azar, mantém escritório em São Paulo (SP), à espera da retomada dos negócios, suspensos desde a proibição de bingos em 2007.
A empresa atuava no Brasil em sociedade com a Gtech, flagrada em contratos irregulares investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos em 2004. Enquanto o tema é discutido no Congresso, outras multinacionais do setor passaram a atuar em modalidades legais no Brasil à espera de uma possível expansão. Presente em 55 países, a Intralot tem participação na loteria estadual mineira. A espanhola Codere lançou neste mês no Brasil uma nova plataforma on-line de apostas de corridas de cavalo. (Folhapress)