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Mundo Enchentes no Rio Grande do Sul são destaque em relatório da ONU sobre o clima na América Latina

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O relatório destaca também o derretimento da geleira Humboldt. (Foto: Reprodução/UN Web TV)

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, bem como a seca e os incêndios que assolaram a amazônia e o pantanal, estão entre os destaques do novo relatório sobre o estado do clima na América Latina e no Caribe em 2024, publicado pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas).

O documento retrata “o crescente impacto dos extremos climáticos, meteorológicos e hídricos sobre vidas, meios de subsistência e cadeias de suprimento alimentar em uma região já marcada pela pobreza e insegurança”.

O relatório destaca também o derretimento da geleira Humboldt, a última da Venezuela, que transformou a nação no segundo país do mundo a perder todas as suas geleiras nos tempos modernos.

O documento regional vem na sequência do lançamento de uma análise da OMM sobre o estado do clima global, publicada em 19 de março. Em um ano em que o planeta, como um todo, registrou sua temperatura mais alta, os termômetros na América Latina e no Caribe seguiram a tendência de alta em 2024, ficando 0,9°C acima da média registrada de 1990 a 2020.

Dependendo do conjunto de dados analisado, a região teve o primeiro ou o segundo ano mais quente da série histórica.

“Em 2024, os impactos do clima e do tempo se espalharam dos Andes à amazônia, das cidades populosas às comunidades costeiras, causando grandes perturbações econômicas e ambientais. A seca e o calor extremo alimentaram incêndios devastadores. Chuvas excepcionais desencadearam inundações sem precedentes, e vimos o furacão de categoria 5 mais precoce já registrado”, disse, em nota, Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.

Na primeira metade do ano, o fenômeno climático El Niño influenciou os padrões de precipitação em vários países. No Brasil, ele contribuiu para secas generalizadas na amazônia e no pantanal, que tiveram chuvas 30% a 40% abaixo do normal.

“A bacia amazônica enfrentou uma das secas mais severas da história. Até o final de setembro de 2024, 745 mil pessoas foram afetadas pela estiagem. O pantanal viveu sua segunda pior temporada de seca e incêndios”, enumera o documento, que também destacou o nível recorde de baixa do rio Negro, em Manaus.

A seca e as ondas de calor também favoreceram a ocorrência de incêndios florestais na amazônia e no pantanal, assim como em outras localidades do México, Belize e Chile.

No país andino, grandes incêndios deixaram mais de 130 mortos, tornando-se o pior desastre do país desde o terremoto de 2010.

Outras regiões, contudo, sofreram com precipitações acima da média que deixaram um rastro de inundações e deslizamentos. É o caso do Rio Grande do Sul, afetado por chuvas torrenciais e fortes enchentes em abril e maio de 2024.

A situação no estado foi considerada “o pior desastre climático do Brasil”, destaca o relatório, indicando as mais de 180 mortes e R$ 8,5 bilhões em perdas econômicas para o setor agrícola.

O documento chama a atenção para a atuação do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) nos alertas de perigo e reforçou a importância de que o poder público e a população ampliem a compreensão dos riscos dos desastres.

“A linha do tempo dos eventos relacionados a esse desastre mostra claramente que previsões de chuva e alertas de enchente de alto risco foram emitidos dois dias antes da inundação mais severa em Porto Alegre. Populações que vivem em áreas vulneráveis e expostas foram alertadas e evacuadas a tempo. No entanto, o número de vítimas fatais ainda foi elevado. É necessário aumentar a compreensão dos riscos de desastres por parte das autoridades e do público em geral”, diz o texto.

O derretimento acelerado das geleiras, que representam fontes de água essenciais para milhões de pessoas na América do Sul, é apontado como “motivo de preocupação” pela Organização Meteorológica Mundial. As informações são do portal Folha de São Paulo.

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