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Notícias Enchentes: pesquisa da Fiergs aponta que 20% das empresas não sabem o que farão e 6,7% querem fechar

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O apoio dos governos estadual e federal na recuperação do setor industrial do Rio Grande do Sul é mais um tema que será abordado nos debates.

Pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul com 220 empresas mostrou que 81% foram afetadas pelas enchentes e, destas, 63% sofreram com paralisação de atividades. Das que responderam, 31,3% informaram prejuízos em estoques de matérias-primas, 19,6% em máquinas e equipamentos, 19,6% nos estabelecimentos físicos e 15,6% em estoques de produtos finais. Quase dois terços permanecerão no mesmo endereço, enquanto 5% ficarão no mesmo município, mas em outro local.

A pesquisa traz dados preocupantes, comenta Giovani Baggio, economista-chefe da Fiergs; 20,1% das empresas ainda não decidiram o que farão. Além disso, 6,7% pretendem fechar e 2,2% vão investir fora do Estado. “Hoje os problemas logísticos são os piores e afetam a todos. Mesmo os trechos liberados estão em piores condições e as rotas estão mais longas, o que acarreta custos”, diz. O economista avalia que problemas de competitividade que já existiam se agravaram, como distância de grandes centros consumidores, alta carga tributária, envelhecimento da população e questões estruturais. A pesquisa revelou que 52% das indústrias não tinham seguro contra perdas e danos decorrentes de enchentes. Entre as micro, pequenas e médias, 63,4% estavam sem cobertura.

A Fiergs apresentou 70 propostas de medidas consideradas urgentes e tem defendido ações de manutenção dos empregos, como os adotados na pandemia, e de incentivos para empresas, como postergação ou anistia do pagamento de tributos, crédito subsidiado e medidas específicas para prevenir novas enchentes. “Como voltar a trabalhar? Mais de 580 mil pessoas foram desalojadas, é difícil de contornar tudo isso”, afirma Baggio.

Ele diz que a construção civil vai ser uma das primeiras a reagir, assim como as indústrias moveleira e de eletrodomésticos. Mas não são os principais geradores de emprego e renda. As cadeias de alimentos, metalmecânica e de químicos respondem por cerca da metade do faturamento da indústria gaúcha. “O essencial é que as empresas se sintam seguras para permanecer aqui e voltar a investir e produzir”, afirma. Ele acredita mais em recuperação em U, devido ao volume de empresas afetadas.

O governo gaúcho criou um gabinete de apoio e trabalha em várias frentes no Plano Rio Grande, em conjunto com a União, bancos, setor produtivo e instituições de apoio. “Acreditamos na capacidade empreendedora do povo gaúcho e no trabalho que vem sendo feito”, diz o secretário Polo. Ele cita que a construção civil e a pesada terão demanda nos próximos meses, assim como outros setores da economia. “Há tempos diferentes para cada um, mas a ideia é fazer que a retomada aconteça de forma ampla e rápida.” Uma das urgências, aponta, é a retomada de voos no aeroporto de Porto Alegre, para atender o turismo. O Estado também planeja estimular os segmentos de tecnologia e inovação.

No dia 20, a Fiergs mostrou que o índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) subiu 2,5 pontos, para 46,9, recuperando parte da queda de 6,1 verificada em maio. Para a instituição, ele permanece abaixo dos 50 pontos e revela ausência de otimismo entre empresários.

Relatório do Bradesco de maio mostrou que as enchentes terão consequências econômicas com implicações nacionais. Para o PIB do Estado, o banco projeta perda de até 4 pontos percentuais em relação ao previsto anteriormente, praticamente zerando o crescimento em relação a 2023. Para o PIB brasileiro, o documento mostra impacto de 0,2 a 0,3 ponto percentual. Na retomada, o banco cita que a construção civil, a indústria e o comércio podem ter impacto positivo nos meses subsequentes, em razão do esforço de reconstrução e da retomada da demanda.

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