Por Redação O Sul | 6 de maio de 2023
A suspeita dos investigadores que atuam no caso é a de que ela trabalhava para garimpeiros e pode ter sido morta no mesmo ataque
Foto: ReproduçãoUma mulher, ainda não identificada, foi encontrada morta com sinais de violência na Terra Yanomami neste sábado (6). Com mais este óbito, a região chega ao registro 14 mortes violentas em uma semana – um indígena e 12 garimpeiros.
O corpo estava próximo à uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados esta semana, na região da comunidade Uxiu, área com forte presença de garimpo no território. A vítima estava despida, tinha sinais de violência sexual e de enforcamento. O cadáver dela foi removido para o Instituo Médico Legal (IML) em Boa Vista pela Polícia Federal e Bombeiros.
A suspeita dos investigadores que atuam no caso é a de que ela trabalhava para garimpeiros e pode ter sido morta no mesmo ataque que resultou na morte dos oito garimpeiros encontrados na cratera.
14 mortes em uma semana
No sábado passado (29), garimpeiros armados abriram fogo contra a comunidade Uxiu. Três indígenas foram baleados – um deles, o agente de saúde Ilson Xiriana, de 36 anos, levou um tiro na cabeça e morreu na madrugada de domingo (30). Os outros dois estão internados em Boa Vista.
Depois, em outra região, garimpeiros armados atiraram contra agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama numa fiscalização em Waiká, no garimpo conhecido como “Ouro Mil”. Houve troca de tiros, e quatro garimpeiros morreram. Um deles era o integrante de facção Sandro de Moraes Carvalho, de 29 anos – apontado como um dos chefes de área de garimpo comandada pelo grupo criminoso na Terra Yanomami.
