Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2020
O percentual de famílias com dívidas no País subiu para 67,5% em agosto
Foto: Agência BrasilO endividamento e o índice de inadimplência entre as famílias brasileiras atingiram em agosto o maior patamar em dez anos, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (03) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
O percentual de famílias com dívidas no País subiu para 67,5% em agosto – novo recorde histórico da série iniciada em janeiro de 2010, superando a máxima anterior registrada em julho (67,4%). No comparativo anual, o índice registrou aumento de 2,7 pontos percentuais.
O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
O total de famílias com dívidas ou contas em atraso e, portanto, inadimplentes, aumentou para 26,7% em agosto, contra 26,3% em julho, atingindo a maior proporção desde março de 2010 (27,3%). Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a proporção cresceu 2,4 pontos percentuais.
Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, passou de 12% em julho para 12,1% em agosto. No mesmo período de 2019, o indicador estava em 9,5%.
Entre os destaques positivos da pesquisa, a proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu de 15,5% para 14,6%, a primeira baixa desde janeiro. Na comparação anual, porém, ainda houve alta de 0,8 ponto percentual.
Entre as famílias endividadas, 21,4% afirmaram ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento das dívidas. Foi a terceira queda mensal consecutiva do indicador, que chegou a alcançar 22,4% em abril.
Ou seja, embora mais endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu entre as famílias, favorecendo a capacidade de pagamento.
A pesquisa mostra que o endividamento atinge mais as famílias de menor renda. Para as que recebem até dez salários mínimos, o percentual subiu em agosto para 69,5%, contra 69% em julho. Em contrapartida, entre as famílias com renda acima de dez salários, a proporção caiu para 57,8% em agosto, ante 59,1% em julho.