Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2024
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nessa quarta-feira (12) que o governo federal avalia se haverá necessidade de adiar a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o Rio Grande do Sul. O ministro afirmou ainda que o MEC avalia também a necessidade de uma prova exclusiva para o Estado.
“Isentamos a taxa, estamos acompanhando o percentual de estudantes inscritos, ampliamos a inscrição até sexta-feira. Vamos avaliar se para o Rio Grande do Sul vai precisar adiar, vamos avaliar até lá a necessidade de fazer uma prova exclusiva para o Rio Grande do Sul”, afirmou o ministro durante a Comissão de Educação na Câmara dos Deputados.
Camilo reforçou que a pasta está acompanhando de perto a reconstrução das escolas afetadas pela catástrofe climática e que tenta viabilizar a reabertura dos espaços o mais rápido possível.
O pedido de uma data específica para o Enem no RS foi feito pela deputada federal Franciane Bayer (Republicanos), em ofício enviado ao Ministério da Educação em maio e em questionamentos durante a reunião da Comissão de Educação na quarta-feira.
“Durante a reunião da Comissão de Educação que aconteceu na quarta-feira, a deputada federal Franciane Bayer (Republicanos) levantou questionamentos ao ministro da Educação sobre a situação das escolas no Rio Grande do Sul, afetadas direta ou indiretamente pelas enchentes. Ela destacou a falta de resposta do MEC a seus ofícios e abordou os tópicos urgentes para a retomada do ensino. Uma das suas perguntas foi sobre o crédito extraordinário para limpeza e pequenas reformas nas escolas afetadas, disponível no programa Dinheiro Direto na Escola, perguntando se os recursos já foram repassados e como chegarão às instituições – via município, Estado ou diretamente. Ela enfatizou a necessidade de reposição de mobiliários e livros, apontando que muitas escolas não têm como retomar as aulas sem esses materiais básicos”, informou a assessoria da parlamentar gaúcha em nota enviada ao Jornal O Sul.
“Outro ponto levantado foi a flexibilização do calendário escolar e a viabilidade do Enem para os estudantes gaúchos, considerando que várias escolas ainda estão inutilizáveis ou serviram como abrigos. A parlamentar alertou sobre a falta de estrutura para realizar o exame e pediu uma prorrogação nacional ou específica para o Estado. A deputada também reforçou a necessidade de uma resposta rápida e eficaz do governo para as escolas municipais, estaduais, universidades e institutos federais no Rio Grande do Sul, prometendo continuar a luta no Parlamento para garantir a atenção necessária às instituições de ensino e aos estudantes afetados. Lembrando que o ofício foi enviado ao Ministério da Educação, por parte da deputada, no dia 21 de maio com todos esses questionamentos que ainda não haviam sido respondidos pelo órgão”, prosseguiu a assessoria.
Greve
O ministro voltou a afirmar que não havia motivo para a greve nas universidades porque o governo federal sempre esteve aberto para negociação. A paralisação já dura quase 60 dias.
“Eu quero dizer e vou repetir o meu posicionamento pessoal. Acho que não havia motivo para essa greve. Depois de anos sem reajuste, o governo federal deu um reajuste quase o dobro da inflação no ano passado, em 2023, reabriu todas as mesas de negociação com as categorias e passamos o processo de avaliação. Esse governo reconhece o papel dos servidores públicos federais e a luta justa e defesa das melhorias.”
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não há muita razão” para a greve na educação estar “durando o tempo que está durando”.
“Eu acho que nesse caso da educação, se vocês analisarem no conjunto da obra, vão perceber que não há muita razão para essa greve estar durando o que está durando. Porque quem está perdendo não é o Lula, não é o reitor, quem está perdendo é o Brasil e os estudantes brasileiros.”
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