Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2024
Uma imagem divulgada pela Nasa (a agência espacial norte-americana) na última sexta-feira mostra um evento “monumentalmente energético e dramático” prestes a acontecer no espaço. Duas galáxias em rota de colisão, que devem formar uma fusão “gigantesca” e alterar as estruturas mais complexas dos cosmos.
Forma espiral
A cena, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra a Arp 122, uma galáxia “peculiar”. Isso porque ela é composta, na verdade, por duas galáxias: NGC 6040, com uma forma espiral inclinada e distorcida, e LEDA 59642, também espiral, mas redonda e de frente.
Segundo a agência norte-americana, este encontro “dramático” ocorre a uma “distância segura de aproximadamente 570 milhões de anos-luz da Terra”. A imagem também mostra a galáxia elíptica NGC 6041, que também faz parte do aglomerado Arp 122, nas não participa da fusão.
Fusões galácticas
Embora sejam eventos muito energéticos, as colisões e fusões galácticas são muito lentas, por causa das distâncias massivas. Segundo a Nasa, o encontro entre a Via Láctea e a galáxia vizinha mais próxima, a Galáxia de Andrômeda (M31), ainda deve demorar cerca de quatro bilhões de anos. Depois do encontro, o processo de colisão e fusão também será lento e pode levar centenas de milhões de anos para se desdobrar.
“As galáxias são compostas por estrelas e sistemas solares, poeira, gás e matéria escura invisível. Nas colisões galácticas, esses componentes constituintes podem experimentar mudanças enormes nas forças gravitacionais atuando sobre eles”, explica a Nasa. Esse processo leva a mudanças nas estruturas, resultando em uma única galáxia fundida, que pode ser o caso das galáxias na imagem divulgada.
Estruturas complexas
De acordo com a agência, não será possível saber qual será a aparência da Arp 122 após a fusão, por conta do tempo necessário para que o processo seja finalizado. Mesmo assim, especialistas indicam que galáxias resultantes de fusões costumem ter uma estrutura regular ou elíptica, já que o processo perturba estruturas mais complexas. As informações são do jornal O Globo.
