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Mundo Enquanto Lula decide não ir à posse do novo presidente da Argentina, Bolsonaro levará comitiva de chefe de Estado

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Javier Milei teve o apoio de Bolsonaro durante toda sua campanha eleitoral.

Foto: Reprodução
Javier Milei teve o apoio de Bolsonaro durante toda sua campanha eleitoral. (Foto: Reprodução)

O governo brasileiro será representado na posse do novo presidente da Argentina Javier Milei, neste domingo (10), pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem o vice, Geraldo Alckmin, participarão do evento segundo informou a Secretaria de Comunicação da Presidência. Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou presença e irá a Buenos Aires com uma comitiva digna de chefe de Estado.

“Se Lula vier (à posse), será bem-vindo”, declarou Milei, em entrevista ao canal argentino Todo Noticias.

Bolsonaro apoiou o autodeclarado “anarcocapitalista” Milei desde o primeiro turno. Já Lula apoiou o peronista Sérgio Massa, ministro da Economia do presidente Alberto Fernández.

O ex-presidente da República viajará com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Ele ainda será acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle e por dois dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Do Congresso, devem ir o deputado federal Ricardo Salles (PLSP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministros da gestão passada; além dos senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Marcio Bittar (UniãoAC), Jaime Bagattoli (PL-RO) e Wilder Moraes (PL-GO).

Uma lista de deputados federais que pretendem comparecer ao ato circula entre líderes partidários próximos a Bolsonaro. Até este momento, 26 nomes, incluindo Salles, sinalizaram participação na comitiva. Um grupo de deputados estaduais de São Paulo também formou uma comissão de representação para acompanhar a posse, em viagem que não será custeada pela Assembleia Legislativa.

Bolsonaro informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que se ausentará do País de 7 a 11 de dezembro. Apesar de não ter restrições de sair do Brasil, o ex-presidente encaminhou cópia das passagens aéreas e do itinerário no país vizinho, justificando estar “comprometido com a Justiça e suas obrigações legais”.

Não é a primeira vez que um presidente brasileiro deixa de ir à posse de um líder argentino. Em 2019, Bolsonaro não foi à posse de Alberto Fernández na Argentina e enviou seu vice, Hamilton Mourão. Em seus dois primeiros mandatos, Lula participou das posses de Néstor Kirchner, em 2003, e Cristina Kirchner, em 2007.

 

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