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Entenda a crise das figurinhas do álbum da Copa do Mundo na Argentina

A escassez, motorizada pela incomum demanda, produz distorções, gerando um mercado paralelo de figurinhas. (Foto: Reprodução)

Na Argentina, a falta de figurinhas do álbum da Copa do Mundo do Catar virou assunto de governo. Na terça-feira (20), a Ukra (União de Kiosqueros), diretores da Panini – empresa responsável pelo produto – e a Secretaria de Comércio se reuniram para discutir o problema.

Segundo os donos de bancas de jornais e revistas, desde que as vendas começaram, em agosto, as figurinhas do álbum da Copa estão em falta. Por isso, quando os estoques são reabastecidos, o produto some das prateleiras em questão de minutos.

Os representantes das bancas também atribuem o problema à uma mudança na política da fabricante do produto. De acordo com eles, novos pontos de venda, como aplicativos de entrega, grandes empresas e supermercados, estão sendo priorizados em relação aos quiosques, que sempre comercializaram o produto.

Além disso, a Ukra afirma que alguns distribuidores têm colocado pacotes à venda na internet a preços até 33% maiores — e o negócio está fazendo sucesso. Como resultado, surgiu um mercado paralelo de figurinhas no qual alguns fornecedores avisam seus compradores da chegada de mais envelopes via WhatsApp.

“Faltam figurinhas e álbuns em todo o país. A entrega média é de 25 ou 50 pacotes por semana, e 20 ou 30 álbuns por semana. Isso não é suficiente para nenhum vizinho em qualquer localidade. E o que estamos pedindo para a Panini é entregar a mercadoria aos distribuidores oficiais e que esses distribuidores a vendam nas bancas e que não o façam como antes, no mercado paralelo”, disse Adrián Palacios, vice-presidente da Ukra. “Convocamos essa reunião na Secretaria para que os quiosques sejam os que possam comercializar esse produto. Como sempre fizemos”, explicou.

Após a reunião, a Panini concordou em controlar os distribuidores oficiais para garantir que as figurinhas cheguem às bancas assim que estiverem disponíveis. Antes do encontro, entretanto, o gerente de marketing da empresa, Nicolás Salustro, disse que “as figurinhas não estão esgotadas” e garantiu que os envelopes são encontrados em qualquer quiosque.

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