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Política Entenda a ligação entre Carlos Bolsonaro e Abin

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Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Foto: Caio Cesar/CMRJ
Na quinta, 30, o TRE-SP cassou o mandato de Carla Zambelli e a deixou inelegível por oito anos (contados a partir de 2022) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. (Foto: Caio Cesar/CMRJ)

Na segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo da operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal (PF). A suspeita é de que Carlos seja um dos receptores de informações que foram coletadas ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A PF fez buscas no apartamento do parlamentar na Barra da Tijuca (RJ) e em seu gabinete, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e na casa da família em Angra dos Reis (RJ). A Câmara Municipal do Rio informou que os policiais federais estiveram no gabinete de Carlos Bolsonaro entre 07h e 09h da manhã de segunda. A busca foi acompanhada pela segurança da Casa e um assessor do parlamentar.

Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem
Carlos Bolsonaro é o segundo filho de Jair Bolsonaro. Eleito vereador aos 17 anos, Carlos está em seu sexto mandato e é amigo pessoal e padrinho político do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin entre 2019 a 2022.

Em 2018, Ramagem foi um dos coordenadores da segurança de Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais. Na oportunidade, se aproximou de Carlos Bolsonaro. Na virada do ano de 2018 para 2019, o vereador chegou a compartilhar uma foto de uma celebração em sua casa, em que Ramagem aparece.

Ramagem também está sendo acusado de participar de um grupo que espionava ao menos, 30 mil usuários, sem autorização judicial, e foi alvo da operação Vigilância Aproximada na semana passada.

Operação Vigilância Aproximada
Deflagrada na última quinta-feira (25), a operação Vigilância Aproximada investiga uma possível organização criminosa que se instalou na Abin, durante o governo Bolsonaro, para monitorar ilegalmente adversários políticos e autoridades públicas. O grupo teria utilizado ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis como o software espião First Mile, sem autorização judicial.

A ofensiva é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado. Nesta segunda, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão, sendo um em Angra dos Reis (RJ), cinco no Rio de Janeiro, um em Brasília, um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).

Em nota, a PF afirmou que essa é a segunda parte da operação, focando agora no núcleo político. Caso comprovado, os investigados podem responder pelos crimes de “invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.

“Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”, disse a corporação.

Há suspeitas de que os dados também teriam sido usados na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da “rachadinha” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Jair Renan Bolsonaro também é suspeito de ter recebido ajuda para levantar provas em inquérito aberto que apurava suposto tráfico de influência.

 

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60.734 vezes o programa espião da Abin First Mile foi usado no período da investigação
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