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Entenda as falhas de segurança que permitiram o ataque a Cristina Kirchner

Brasileiro apontou uma pistola para o rosto de Cristina e apertou o gatilho, mas a arma falhou. (Foto: Reprodução de vídeo)

A tentativa de assassinato sofrida pela ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, expôs falhas na segurança de autoridades no país.

O ataque realizado pelo brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, em frente à casa da vítima, evidenciou a ausência de barreira física, de perímetro de proteção e de iniciativa por parte dos policiais federais.

Perímetro de segurança

Imagens mostram Cristina caminhando próxima ao público que a aguardava em frente à sua casa. No local, não havia barreira física de proteção para separar as pessoas da vice-presidente, conforme recomendado nos trabalhos de proteção a autoridades. O perímetro de segurança tampouco foi feito por meio de um “cordão” de agentes próximos uns dos outros para evitar a aproximação de agressores.

Falta de reação

Sabag Montiel consegue chegar perto de Cristina. Ele aponta a pistola Bersa, para a vice-presidente argentina. A arma fica a apenas 20 cm da cabeça da vítima e o agressor puxa o gatilho pela primeira vez. Mesmo assim, os policiais federais, à paisana, permanecem em atitude passiva, apenas para conter os manifestantes.

Nova tentativa 

Após tentar atirar uma vez, Sabag Montiel, em fração de segundos, faz nova tentativa de balear Cristina Kirchner. Enquanto a vítima se abaixa, nenhum dos seguranças entra na linha de tiro para protegê-la.

Retirada da vítima

No momento em que Cristina Kirchner se abaixa, os seguranças vão em direção ao agressor. Nenhum deles se dirige à vítima e a retira do local da agressão.

Arma

Sabag Montiel usou uma pistola produzida pela empresa argentina Bersa. A arma tem capacidade para dez munições calibre 32 e cano de 90mm. O armamento, no entanto, falhou no momento dos disparos.

O Ministério da Segurança da Argentina informou que a arma estava com cinco munições no carregador e nenhuma presa à câmara. Segundo investigações preliminares, a falha no disparo pode ter ocorrido em decorrência do fato de não haver munição na câmara, mas apenas no carregador.

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