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#coronavírus Entenda como a vacina que você toma protege quem está ao seu lado

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No Brasil, são mais de 9,4 milhões de infectados enquanto o total dos que receberam a vacina é de 3,3 milhões de pessoas. (Foto: Divulgação/GESP)

Por envolver uma atitude individual, em que cada pessoa vai até o posto de saúde, à primeira vista pode parecer que a vacinação é algo totalmente pessoal, na linha do “toma vacina quem quer”. Mas não é bem assim: segundo especialistas, a vacinação é um ato de proteção coletiva.

“É importante a gente salientar por que a gente procura a alta cobertura vacinal no nosso PNI [Plano Nacional de Imunização]: quando atinge um certo percentual para cada vacina e situação, você está visando não só a proteção individual, mas a proteção coletiva”, aponta Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

A perspectiva, de acordo com os especialistas, é que quanto mais gente se vacinar logo no início, menos gente terá a versão grave e, assim, será mais fácil de tratar nos hospitais eventuais pessoas que ainda não receberam suas doses.

Outra questão é que quanto mais pessoas vacinadas, mais protegidas estarão as que não podem se vacinar — caso de grávidas, mulheres amamentando e alérgicos, por exemplo. Além disso, ao menos por enquanto, crianças não estão previstas na estratégia de vacinação por causa da falta de estudos para a faixa etária.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a vacinação deve ser obrigatória, mas que isso não significa vacinar alguém contra a sua vontade, de forma forçada. A Corte autorizou que sejam impostas medidas restritivas para quem não se vacinar, como perda do direito a receber benefícios do governo ou impedimento de fazer viagens internacionais.

O STF também negou que autorização para que pais deixem de vacinar os filhos pelo calendário oficial em razão de crenças pessoais. As vacinas para Covid-19 disponíveis no Brasil até agora, no entanto, não têm autorização para vacinação de menores de 18 anos.

Principais objetivos da vacina

Além de proteger o indivíduo imunizado, a vacina contra a Covid-19 tem dois objetivos principais com importantes reflexos na coletividade: desafogar o sistema de saúde sobrecarregado, garantindo que não faltem vagas e reduzir a capacidade de disseminação da doença.

Desafogar o sistema

O papel a médio prazo para os primeiros grupos a serem vacinados – no Brasil, serão 3 fases, incluindo profissionais de saúde, indígenas, quilombolas, idosos, pessoas com comorbidades, entre outros – é desafogar um sistema que já voltou a lotar. Exemplo disso é o colapso dos hospitais de Manaus no último dia 14, quando pacientes com Covid-19 ficaram sem oxigênio.

Segundo Domingos Alves, pesquisador da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, a taxa de eficácia das vacinas é satisfatória, mas, mais que isso, é muito alta quando se trata de proteger contra casos mais graves. E são esses pacientes que lotam as unidades de saúde.

“As vacinas que temos aqui no Brasil, elas têm essa característica: vão reduzir sensivelmente a possibilidade de internação de casos graves, e então vamos diminuir a necessidade de atenção médica. Ou seja, vai virar, finalmente, uma ‘gripezinha’.”, disse o pesquisador.

No caso da CoronaVac, uma das vacinas em aplicação no país, Alves explica que o grupo que recebeu a vacina, em comparação com o que não recebeu durante os estudos, não apresentou casos graves da Covid-19. O Instituto Butantan mostra que a grande maioria dos vacinados (92%) apresentaram apenas a versão muito leve da doença, sem precisar ir ao médico.

Como as vacinas não garantem que o paciente não terá Covid-19 novamente, apenas diminuem a chance de infecção e também a gravidade da doença em relação às pessoas que não receberam, o uso da máscara ainda será fundamental, assim como o isolamento.

Imunidade de rebanho

Ainda é difícil de definir o prazo para atingir a imunidade de rebanho contra a Covid-19 – quando a cobertura vacinal atinge um índice que começa a frear a transmissão para quem ainda não foi imunizado. Um dos motivos é a falta de definição de qual será a quantidade de doses disponíveis por mês no Brasil, além de uma certa incerteza dos cientistas com relação à porcentagem da população que é necessária para barrar a transmissão.

Por enquanto, o governo federal prevê mais de 340 milhões de doses das duas principais vacinas, a CoronaVac, da Sinovac, e a ChAdOx1, da Universidade de Oxford em parceria com AstraZeneca. O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a cogitar a aplicação de apenas uma dose na população para ampliar a margem de vacinados. Há, ainda, a chance de uma produção maior caso o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz tenham acesso a mais insumos e, no caso dos estados, material para aplicação, como as seringas.

Com todas essas dúvidas, fica difícil determinar uma data final da campanha, quando todos – ou quase todos – os integrantes do grupo de risco estarão vacinados. Esse seria o momento em que chegaremos à imunidade de rebanho.

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