Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Entenda como funciona nossa memória e aprenda a usá-la de vez

Compartilhe esta notícia:

A memória humana é uma máquina complexa, cheia de peculiaridades e funcionamentos próprios. (Foto: Freepik)

A memória humana é uma máquina complexa, cheia de peculiaridades e funcionamentos próprios. Todo mundo já se perguntou como se formam as memórias e, principalmente, por que as esquecemos. Seja você um estudante, um vestibulando ou um universitário, ter consciência de como funciona essa peculiar engenhoca que carregamos dentro da cabeça pode esclarecer por que esquecemos as coisas e lembramos tanto de outras.

Como é formada uma memória? As memórias nada mais são do que toda e qualquer informação que guardamos em nosso cérebro. Imagine o cérebro como uma grande e complexa estrutura que se conecta por meio de redes. As informações, para serem guardadas, devem ser convertidas em circuitos elétricos, que são transmitidos justamente por essas redes.

Quem gerencia todo esse emaranhado é uma parte do cérebro chamada hipocampo. É ele quem “determina” o que deve ser guardado ou dispensado, e também quem “envia” a memória quando ela é evocada. A neurocientista e professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Viviane Louro, comparou o cérebro a uma universidade: “o hipocampo seria a reitoria, que é responsável pelo gerenciamento das coisas”, explicou ao portal de notícias UOL.

As memórias, poderíamos completar, são como os estudantes. E da mesma forma que eles não ficam na reitoria e sim espalhados pelo campus da universidade, as memórias também não são armazenadas no hipocampo: elas ficam dispersas em diversas partes do cérebro, como o córtex e o subcórtex. Assim, o caminho de uma memória no cérebro humano seria algo parecido com isso:

– uma informação é percebida por um indivíduo;

– essa informação é convertida em um pulso de energia elétrica;

– o pulso é transmitido por uma rede de neurônios até as memórias de curto prazo;

– lá, pode ficar de alguns segundos até algumas horas;

– em seguida (se for o caso), é transferida por meio do hipocampo para as memórias de longo prazo;

– e, por fim, é enviada a algum ponto de armazenamento do cérebro.

Os tipos de memória

Como vimos, as memórias são experiências e informações que são armazenadas pelo cérebro. Não há uma classificação prática utilizada para determinar qual memória é de qual tipo. No entanto, para melhor compreender como funciona esse armazenamento, os neurocientistas concluíram ao longo dos anos que, possivelmente, existam cinco principais tipos de memórias, que podem ser divididas em dois grupos, a partir da sua duração: as de curto e as de longo prazo.

Curto prazo

Inicialmente, toda memória é de curto prazo – apenas algumas se tornam de longo prazo. É o tipo de informação que tem uma relevância temporal limitada; como as tarefas que você tem agendada para o dia ou o que comeu no almoço. De forma geral, são informações que ficam armazenadas até, no máximo, seis horas. Há dois tipos:

– Imediata: é o tipo de informação armazenada por um tempo curtíssimo, como o nome de alguém que você acabou de conhecer, ou o pedido que irá fazer para o garçom em um restaurante. Se não tiver continuidade, dificilmente você se lembrará dela na semana seguinte.

– De trabalho: são memórias operacionais. É ela quem garante que você lembre o conteúdo de uma frase que acabou de ler antes de partir para a próxima e assim construir o raciocínio. Ou ainda, as operações internas que você faz de cabeça para chegar ao resultado final de uma conta como 25×13. Duram segundos ou pouquíssimos minutos, e não costumam deixar rastros.

Longo prazo

Já as memórias de longo prazo são as que possuem uma permanência significativa em nossa cabeça. São aquelas que passaram da memória de curto prazo e foram armazenadas permanentemente, em um processo conhecido como consolidação. A capacidade de “estoque” para esse tipo de memória é infinita, elas podem durar de anos até a vida toda. São três principais tipos:

– Semântica: ao ler a palavra “ônibus”, é bem provável que você imagine um ônibus. Não porque tem um na sua frente neste exato momento, mas sim porque você tem associado em sua mente o termo ao objeto da vida real. Estas são as memórias semânticas. São elas as responsáveis por você armazenar os dados que aprende ao longo da vida, como um idioma estrangeiro, uma fórmula de física, ou a capital de um país (mesmo sem ter estado nele).

– Episódica: se a memória semântica se refere ao ato de “conhecer”, a memória episódica se refere ao ato de “recordar”. Ela é a nossa memória autobiográfica, aquela que armazena os eventos da nossa própria vida.

– Não-declarativa: os dois tipos descritos acima são considerados memórias declarativas; há ainda um tipo não-declarativo. Estas são memórias que não são explícitas. Por exemplo: você precisa ficar se lembrando o tempo todo de respirar? Como segura um celular nas mãos? Ou como andar? As memórias não-declarativas são extremamente duradouras e persistem, geralmente, até o fim da vida.

Estudos

Há várias técnicas que podem ajudar a memorizar com mais facilidade os conteúdos que estudamos. Além, é claro, de ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos e dormir boas horas de sono, o que influencia diretamente na memorização.

Uma técnica é buscar sempre fazer associações. Traduza um conceito de Química a partir de nomes e referências que fazem sentido para você. Lembra do “Hoje Li Na Kama Robinson Crusoé em Francês” para decorar os metais alcalinos da tabela periódica? Pois bem, é por aí mesmo. Mas antes de sair apenas memorizando tudo, busque entender o conteúdo. Entender verdadeiramente facilita também a memorização – muito mais do que apenas decorar como se fosse uma fala de teatro.

Outras técnicas envolvem atividades mais diferentes. Uma delas é reler os conteúdos antes de dormir, pois é durante o sono que o cérebro revisa e processa as informações aprendidas durante o dia. Outra é explicar o conteúdo em voz alta tal qual estivesse ensinando para outra pessoa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Vice-presidente da Venezuela e líder de oposição se encontram em Bruxelas em reunião articulada por Macron e Lula
Erro de digitação fez milhões de e-mails de militares dos Estados Unidos serem enviados a aliado da Rússia
https://www.osul.com.br/entenda-como-funciona-nossa-memoria-e-aprenda-a-usa-la-de-vez/ Entenda como funciona nossa memória e aprenda a usá-la de vez 2023-07-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar