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Mundo Entenda como funciona um corredor humanitário e quais os desafios para implementá-lo

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Os corredores podem permitir a saída de civis, a chegada de assistência humanitária e a evacuação de pessoas feridas, doentes ou mortas

Foto: Viktor Moskaliuk/Unicef
Os corredores podem permitir a saída de civis, a chegada de assistência humanitária e a evacuação de pessoas feridas, doentes ou mortas. (Foto: Viktor Moskaliuk/Unicef)

Toda vez que uma guerra acontece, fala-se imediatamente na criação de um corredor humanitário para que a ajuda possa chegar a civis afetados direta ou indiretamente pelo conflito.

A cada nova guerra que eclode, mobilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), Cruz Vermelha, OMS (Organização Mundial da Saúde), MSF (Médicos Sem Fronteiras) e países não envolvidos no conflito pedem a criação dos corredores e ajudam, de alguma forma, a viabilizar a ajuda humanitária.

O corredor humanitário é uma passagem de alimentos, remédios e itens básicos. O ICRC (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) considera a necessidade de montar um corredor humanitário a partir do momento em que civis estejam sem acesso aos itens básicos de sobrevivência (comida, água e remédios) e que o DIH (Direito Internacional Humanitário) deve ser seguido.

O primeiro corredor humanitário comandado pelo ICRC foi em 1937, durante a Guerra Civil Espanhola. Pelo menos 15 caminhões foram usados para retirar mulheres, crianças e idosos de Madri, capital da Espanha, levando o grupo para Valência.

A ONU tem várias formas de ajuda humanitária, como o Programa para Alimentação Mundial.

O que são os corredores humanitários?

Segundo o ICRC, corredores humanitários são acordos entre as partes envolvidas em um conflito armado para permitir a passagem segura durante um tempo limitado em uma área geográfica.

Esses corredores podem permitir a saída de civis, a chegada de assistência humanitária e a evacuação de pessoas feridas, doentes ou mortas.

O que o Direito Internacional Humanitário tem a ver com isso?

O DIH também é conhecido como “o direito da guerra” ou “o direito dos conflitos armados”. Serve, basicamente, para proteger as pessoas que não participam ou que foram direta ou indiretamente envolvidas em uma guerra. É uma forma também de impor limites.

Os corredores humanitários não são expressamente definidos no DIH, que deixa claro apenas que a população civil seja protegida onde quer que esteja.

O corredor humanitário é seguro?

Não necessariamente. A criação de um corredor humanitário depende de acordos entre as partes envolvidas no conflito. E, se há uma guerra, nem sempre conseguir um diálogo é fácil. Supostamente, o corredor prevê um cessar-fogo e a proteção para que as forças de ajuda consigam chegar aos locais afetados. Mas os próprios organismos internacionais afirmam que o risco sempre existe.

Outra observação importante é que a população não pode ser obrigada a deixar a área permanentemente, ainda que isso possa acontecer. As evacuações são (eram para ser, pelo menos) temporárias.

Como funciona um corredor humanitário?

Se há um acordo entre as partes envolvidas no conflito, uma área geográfica pode ser definida como um local com cessar-fogo ou desmilitarizado. Geralmente, são caminhos que levam às fronteiras com outros países.

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