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Mundo Entenda por que a desistência de Biden desvaloriza o dólar no Brasil e no mundo

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Um corte de juros nos EUA favorece o Brasil. (Foto: Freepik)

No dia seguinte à desistência de Joe Biden à reeleição nos Estados Unidos, a divisa americana perdeu força frente a diversas moedas de todo o mundo. No Brasil, o dólar comercial fechou em queda de 0,61%, a R$ 5,569. Além do real, o peso mexicano e o chileno, assim como o euro e a libra, se valorizaram.

A leitura, segundo especialistas, é que as chances de Donald Trump diminuíram. Ainda que ele continue à frente nas pesquisas, um novo concorrente pode garantir mais votos para parlamentares democratas, deixando o Congresso mais equilibrado em um eventual governo Trump:

“Conforme a popularidade de Trump fosse aumentando, os democratas poderiam perder vários assentos no Congresso. Agora, um candidato democrata forte pode também fazer representantes lá. Com uma nova candidatura, isso pode ser alcançado, o que pode beneficiar emergentes. Trump com todo Congresso ao lado dele seria bastante danoso para esses países”, explica Luan Aral, especialista em câmbio na Genial Investimentos.

Para Eduardo Grübler, gestor de multimercados da Warren Asset, a política econômica do Partido Democrata favorece o nearshoring — movimento que transfere cadeias de produção para países próximos. Isso favorece emergentes da América Latina, como México e Brasil.

Bolsas

O mercado reagiu bem à decisão de Biden, porém sem euforia. Os investidores querem saber, agora, quem de fato vai substituí-lo na corrida presidencial. Na Ásia, a China surpreendeu os mercados ao reduzir as suas principais taxas de juros de curto e longo prazos, para estimular a economia do país.

A reação das Bolsas de Nova York foi positiva. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,32%, aos 40.415 pontos; o S&P 500 avançou 1,08%, aos 5.564, enquanto o Nasdaq 100, com papéis de tecnologia, encerrou o dia ganhando 1,52%, aos 19.820 pontos.

Com a decisão de Joe Biden, os democratas enfrentam a tarefa de se unirem em torno de um novo candidato a apenas algumas semanas antes de sua convenção.

Os investidores vêm apostando no retorno de Trump à Casa Branca há semanas, reduzindo suas participações em títulos de longo prazo dos EUA e comprando Bitcoin, entre outras coisas. Agora, eles estão considerando se o “Trump Trade” ainda está em jogo.

Volatilidade

A incerteza pode se traduzir em volatilidade para os mercados, embora, por enquanto, muita atenção esteja voltada para os lucros e a perspectiva de política monetária.

“Estamos mais focados no ritmo do ciclo econômico do que no resultado da eleição. Enquanto os mercados têm digerido as crescentes chances de uma vitória de Trump, a alta cíclica daqui em diante provavelmente dependerá do crescimento da economia”, disse o estrategista da Morgan Stanley, Michael Wilson.

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