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Política Entenda por que a então ministra da Saúde Nísia Trindade não estava em grupo de WhatsApp de outros ministros

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Apenas ministros políticos foram adicionados ao grupo, o que não é o caso da chefe do Ministério da Saúde, conhecida por ser técnica. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Nísia Trindade estava sendo informada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre sua demissão do comando do Ministério da Saúde, na tarde da terça-feira (25), quando um de seus colegas procurava saber se o martelo já estava batido.

Questionado se ela havia se manifestado sobre a saída do cargo por mensagem, o ministro comentou que Nísia não estava nem nunca esteve no grupo de WhatsApp de integrantes do primeiro escalão do governo Lula.

O motivo? “É um grupo de ministros que só tem os políticos.”

O apetite da classe política sobre o ministério e a falta de habilidade da ministra, conhecida por ser técnica, para transitar nesse meio foram fatores determinantes para que ela fosse substituída por Alexandre Padilha.

O petista deixará a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e tomará posse na Saúde no próximo dia 10 de março.

Sobre quem deverá ocupar o posto de Padilha como articulador político do Planalto, o ministro torce pela escolha do deputado federal Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara.

“Seria um golaço. Resta saber se Lula vai abrir mão de ter alguém do PT ali do lado dele”, comentou. O presidente afirmou na última quarta-feira (26) que já escolheu quem substituirá Padilha, mas que ainda não contou para a imprensa.

Articulação

O Palácio do Planalto informou que o presidente Lula convidou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, pasta responsável pela articulação política do governo.

Atual presidente do PT, Gleisi vai substituir Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde. A posse de Gleisi está marcada para 10 de março.

Gleisi chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, porém Lula optou por escalar a aliada na Secretaria de Relações Institucionais.

O presidente foi aconselhado por aliados a escolher um nome de partidos do Centrão para fazer a relação com o Congresso, porém não acatou a sugestão e manteve a pasta com o PT.

Em uma rede social, Lula comentou a escolha de Gleisi para a Secretaria de Relações Institucionais, afirmando que a parlamentar “vem para somar”.

“A companheira e deputada federal Gleisi Hoffmann vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O Alexandre Padilha assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho”, declarou o petista.

Também em uma rede social, Gleisi disse que recebe o convite com “imensa responsabilidade” e que seguirá “dialogando” com partidos e lideranças.

 

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