Ícone do site Jornal O Sul

Entenda por que a Organização Mundial da Saúde diz que o pior da pandemia ainda está por vir

Tedros Adhanom disse que as investigações sobre as origens da pandemia de covid-19 na China estão sendo prejudicadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias da disseminação do vírus no local. (Foto: Divulgação/OMS)

O pior da pandemia do Covid-19 ainda pode estar por vir, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde), seis meses depois do começo da pandemia. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o vírus infectaria mais pessoas se os governos não implementassem as políticas certas.

Sua mensagem segue sendo: “teste, rastreie, isole e faça quarentena”. Mais de 10 milhões de casos foram registrados no mundo todo desde o surgimento da doença na China no final do ano passado.

O número de infectados que morreram está agora acima de 500 mil. Metade dos casos no mundo ocorreram nos Estados Unidos e na Europa, mas a Covid-19 está crescendo rapidamente nas Américas, sobretudo nos Estados Unidos e Brasil. O vírus também está afetando o sul da Ásia e a África, com o pico da pandemia previsto para chegar no final de julho.

“Todos queremos que isso acabe. Todos queremos dar sequência às nossas vidas. Mas a realidade dura é que não estamos nem perto disso”, disse Tedros. “Apesar de muitos países já terem feito progresso, globalmente a pandemia está na verdade acelerando.”

“Com 10 milhões de casos agora e meio milhão de mortes, a não ser que nós enfrentemos o problema que já identificamos na OMS, a falta de união nacional e a falta de solidariedade global e o mundo dividido que estão ajudando o vírus a se espalhar… o pior ainda está por vir.” “Lamento dizer, mas com esse ambiente e com essas condições, nós tememos pelo pior.”

“Nós também fazemos um apelo para que os governos sigam os exemplos de Alemanha, Coreia do Sul e Japão, que mantiveram seus surtos sob controle através de políticas que incluíram testes rigorosos”, disse ele. Tedros não citou exemplos de países que considera problemáticos no combate ao coronavírus.

Sair da versão mobile