Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2024
Os herdeiros de Michael Jackson foram impedidos pela receita americana de ter acesso aos bens e receber o dinheiro administrado por um fundo deixado pelo cantor. O motivo é um processo para calcular o verdadeiro valor do patrimônio e definir quais impostos ainda precisam ser pagos.
A informação foi relevada a partir de documentos judiciais obtidos pela revista norte-americana People. Uma auditoria fiscal concluiu que os administradores subdmensionaram o valor real do espólio de Jackson e que seria preciso arcar com 700 milhões de dólares – cerca de R$ 3 bilhões – em impostos e multa que não foram pagos, indica a ação.
Em 2021, os administradores do fundo de herança de Michael contestaram a cobrança e venceram na Justiça. A corte, então, pediu um novo cálculo para saber o quão valioso são os catálogos musical e o patrimônio de Jackson. Até agora, porém, o valor não foi apresentado.
Na prática, isso significa que Prince, de 27 anos, Paris, de 26, e Bigi Jackson, de 22, herdeiros do cantor Michael Jackson, e Katherine, de 94 anos, mãe do Rei do Pop, estão impedidos pela Justiça de receber um centavo da herança até ser definido o valor dos tributos a pagar. A decisão foi dada na terça, 28.
Michael Jackson morreu em junho de 2009, aos 50 anos, vítima de uma parada cardíaca após ingerir anestésicos. Em fevereiro, a Sony comprou metade do catálogo musical do artista por 1,2 bilhão de dólares.
O acordo envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.
O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.
Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.
Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.